A mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua confirma que os gaúchos cada vez mais vivem sozinhos. O levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que, no ano passado, no Rio Grande do Sul, 18,2% dos domicílios tinham apenas um morador. É a segunda maior taxa entre os Estados brasileiros, superada apenas pelo Rio de Janeiro. E é um fenômeno que não para de crescer. No censo de 2010, o percentual era de 15,1%. Em 1991, menos da metade do patamar atual (7,04%).
Porto Alegre também aparece no pódio. É a segunda entre as capitais, atrás de Maceió. Mais de um quinto (21,8%) dos lares porto-alegrenses, em 2018, eram habitados por apenas uma pessoa. Em 1991, era uma realidade de apenas 13,56% dos domicílios da cidade.
A Pnad não abriu os dados dos demais municípios, mas o último censo, de 2010, detectou a característica solitária dos gaúchos. Entre os 50 municípios com maior percentual de residências com apenas um morador, sete eram do Estado – e todos da Metade do Sul. Herval foi o campeão nacional, com mais de um quarto (26,6%) dos endereços habitados por somente uma pessoa.