Todas as quintas-feiras, dia dos lançamentos nos cinemas, a coluna vai destacar os melhores filmes para ver nas salas parceiras do Clube do Assinante, que oferecem 50% de desconto na compra do ingresso. Desta vez, o destaque é um título que terá sessões de pré-estreia em várias salas na próxima quarta (24): Deadpool & Wolverine (2024). E vale ressaltar a chegada de O Sequestro do Papa (2023), do octogenário mestre italiano Marco Bellocchio, que entra em cartaz no GNC Moinhos, em Porto Alegre.
Nas unidades do GNC Cinemas (nos shoppings Iguatemi, Moinhos e Praia de Belas, em Porto Alegre, e em Caxias do Sul) e da rede Arcoplex (Cachoeirinha, Gravataí, Lajeado, Passo Fundo e Santa Maria), a meia entrada vale para sócio do Clube e um acompanhante todos os dias da semana, incluindo feriados e as sessões 3D. No Cine Laser, em Passo Fundo, os 50% são aplicados de segunda a sexta-feira, exceto feriados e pré-estreias.
Atenção: o desconto não é cumulativo com outras promoções. Veja as regras no site clubedoassinanterbs.com.br e confira, aqui, uma seleção dos seis melhores títulos em exibição na semana de 18/7 a 24/7 (a ordem é apenas alfabética). Consulte os sites dos cinemas para saber sobre os horários e preços das sessões (os títulos não estão em cartaz em todas as salas). E clique nos links se quiser saber mais.
1) Como Vender a Lua (2024)
De Greg Berlanti. O diretor de Com Amor, Simon (2018) fez um filme à moda antiga, mas ancorado em duas questões bem atuais: o reaquecimento da corrida espacial e o recrudescimento da rivalidade entre EUA e Rússia. Um pouco mais longo do que o desejável, trata-se de uma comédia romântica com doses de drama e ficção científica e pitadas de suspense sobre teorias conspiratórias. A trama se passa em 1969, durante a Guerra Fria, quando estadunidenses e soviéticos brigavam foguete a foguete para ver quem pisaria primeiro na Lua — e, por consequência, "conquistaria" o espaço. Em uma atuação charmosíssima, Scarlett Johansson interpreta Kelly Jones, uma publicitária que é contratada por um maquiavélico assessor do presidente Nixon, Moe Berkus (Woody Harrelson, divertindo-se no papel), para melhorar a imagem da Nasa junto ao público e, principalmente, aos políticos — afinal, são eles que podem garantir as verbas astronômicas para o programa espacial. A abordagem marqueteira da protagonista provoca atrito com o chefe da missão Apollo 11, Cole Davis (encarnado por Channing Tatum). Mas as coisas se tornam realmente complicadas quando a Casa Branca ordena que haja um plano B: Kelly e sua equipe, que inclui um diretor arrogante apelidado de "Kubrick dos comerciais" (personagem de Jim Rash), precisam filmar um falso pouso na Lua, para ser transmitido caso haja problemas com os astronautas Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins. A mentira é uma arma poderosa, como a História comprova.
2) Deadpool & Wolverine (2024)
De Shawn Levy. A terceira aventura do super-herói desfigurado e desbocado vivido por Ryan Reynolds marca sua estreia no Universo Cinematográfico Marvel e pode ser um campeão de bilheteria na temporada.
Não só por causa do sucesso dos dois primeiros filmes de Deadpool, lançados respectivamente em 2016 e 2018, que arrecadaram mais de US$ 1,5 bilhão. Mas também pela volta de Hugh Jackman, 55 anos, ao papel de Wolverine, o mutante de garras afiadas e retráteis que o ator havia vivido pela última vez em Logan (2017). O que pode pesar contra é a classificação indicativa de Deadpool & Wolverine: será o primeiro filme da Marvel para maiores de 18 anos. As sessões de pré-estreia marcadas para quarta-feira (17) em diversas salas serão um bom termômetro.
3) Divertida Mente 2 (2024)
De Kelsey Mann. Líder na bilheteria mundial em 2024 (US$ 1,36 bilhão até agora), é exemplar como continuação, pois não se limita a ser apenas um retorno, uma repetição: amplia e desenvolve o elenco de personagens, expande seu universo e seu discurso. Agora que Riley entrou na puberdade, novas emoções surgem na sala de controle para bagunçar a vida da garota: Tédio, Vergonha, Inveja, Nostalgia e, principalmente, Ansiedade. E se Divertida Mente ensinou que todas as emoções são importantes, Divertida Mente 2 ensina que nenhuma emoção nos define. As oscilações e as contradições fazem parte do que constitui uma pessoa.
4) Um Lugar Silencioso: Dia Um (2024)
De Michael Sarnoski. Estrelado por Lupita Nyong'o e Joseph Quinn, se passa antes dos eventos narrados nos bem-sucedidos Um Lugar Silencioso (2018) e Um Lugar Silencioso: Parte II (2021). Não enrola na invasão alienígena, mas também não avança muito na mitologia da franquia comandada pelo cineasta, produtor e ator John Krasinski. Em meio à jornada de terror, Dia Um consegue criar pelo menos uma cena de impacto, beleza e simbolismo.
5) MaXXXine (2024)
De Ti West. Encerra a trilogia iniciada por X: A Marca da Morte (2022) e Pearl (2022) e protagonizada por Mia Goth, que é neta da atriz brasileira Maria Gladys, 84 anos. Única sobrevivente do massacre visto no primeiro título, Maxine continuou sua jornada em direção à fama. Agora, tenta se tornar uma estrela do cinema na Los Angeles de 1985. O cenário e a época convidam o diretor estadunidense a visitar os bastidores da indústria pornô e dos filmes de terror com baixo orçamento, assim como a reviver o pânico causado pelo assassino e estuprador conhecido como Night Stalker. O elenco foi incrementado (tem Elizabeth Debicki, Michelle Monaghan, Bobby Cannavale, Lily Collins, Halsey, Giancarlo Esposito e Kevin Bacon), mas Pearl segue sendo a joia da trinca.
6) O Sequestro do Papa (2023)
De Marco Bellocchio. Este eu ainda não vi, mas recomendo porque o diretor de 84 anos é um dos mais importantes do cinema italiano e porque o crítico Sérgio Alpendre, na Folha de S.Paulo, disse que "é mais uma obra-prima" do autor de Bom Dia, Noite (2003), Vincere (2009), O Traidor (2019) e Marx Pode Esperar (2021). O novo filme é baseado no caso verídico de Edgardo Mortara, uma criança judia de seis anos que, em 1858, é levada da casa de sua família pelas autoridades do papa Pio IX (interpretado por Paolo Pierobon) e forçado a receber uma educação católica. Ou seja, a contrário do que sugere o título brasileiro, o sequestro não é do Papa, mas a mando do pontífice.