Ticiano Osório

Ticiano Osório

Jornalista formado pela UFRGS, trabalha desde 1995 no Grupo RBS. Atualmente, é editor em Zero Hora e escreve sobre cinema e seriados em GZH e no caderno ZH2.

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RBS TV exibe filme que ressuscitou vilão e clonou princesa

"Rogue One: Uma História Star Wars" (2016) é o cartaz do "Domingo Maior" neste fim de semana

Ticiano Osório

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Lucasfilm / Divulgação
"Rogue One": o processo de transformação digital do ator Guy Henry no Governador Tarkin vivido por Peter Cushing

Há vida após a morte — pelo menos no cinema, como comprova Rogue One: Uma História Star Wars (2016), que a RBS TV exibe neste fim de semana, na faixa Domingo Maior.

No mundo artístico, morrer nem sempre representa encerrar a carreira. E não estamos falando apenas da perenidade das obras deixadas pelo falecido. Hollywood tem uma longa trajetória na "ressuscitação" de atores que por ventura viessem a morrer em meio à produção de um filme. O motivo era econômico: evitar prejuízos financeiros provocados, por exemplo, pela contratação de um substituto e pela refilmagem de sequências inteiras. Para preencher lacunas abertas, os grandes estúdios se especializaram em recorrer a dublês, trucagens e cenas que seriam descartadas.

Os recursos tecnológicos atuais possibilitaram o surgimento de Lázaros virtuais. É o caso de Peter Cushing, que morreu em 1994 mas "contracenou" com atores vivos em Rogue One

No filme dirigido por Gareth Edwards, Cushing voltou a encarnar Grand Moff Tarkin, também conhecido como Governador Tarkin, vilão apresentado no começo da franquia Star Wars, em 1977. Por meio da técnica de captura de movimentos e da avançada manipulação digital, o rosto do ator inglês foi sobreposto ao de Guy Henry, que tem características físicas semelhantes. 

Lucasfilm / Divulgação
A princesa Leia de "Rogue One" foi uma recriação digital a partir da atuação da atriz Ingvild Deila

Rogue One também clonou uma princesa. A atriz Ingvild Deila recebeu uma máscara digital para se parecer com a jovem Leia que Carrie Fischer consagrou em Star Wars quando tinha 20 anos. Em uma coincidência mórbida, Carrie morreu em 27 de dezembro de 2016, dias depois da estreia do filme nos cinemas. Mas ela voltou a ser vista em dois episódios da saga. Primeiro em O Último Jedi (2017), para o qual já havia concluído sua participação, depois em A Ascensão Skywalker (2019), graças a cenas inéditas das filmagens de O Despertar da Força (2015) — como nos velhos tempos de Hollywood. 

A trama

Disney / Divulgação
Felicity Jones é a protagonista de "Rogue One: Uma História Star Wars" (2016)

Em cartaz na RBS TV a partir da 0h20min de segunda-feira (31), Rogue One foi o primeiro derivado do universo Star Wars. Seu sucesso nas bilheterias (US$ 1 bilhão arrecadados) abriu portas para, por exemplo, a série The Mandalorian, que estreou em 2019. 

Na história, que se passa em um intervalo de tempo entre os episódios III e IV (ou seja, entre a queda de Anakin Skywalker e a ascensão de Darth Vader), descobrimos que a Aliança Rebelde, em seus primórdios, não era tão nobre quanto achávamos. Um dos seus ases, Cassian Andor (Diego Luna) não pensa duas vezes antes de cometer assassinatos. Extremista que luta contra as forças imperiais e é considerado um herói de guerra, Saw Gerrera (Forest Whitaker) é adepto de sequestro e tortura. 

A protagonista da trama é Jyn Erson (vivida por Felicity Jones), que, meio sem escolha, lidera um grupo de bastardos inglórios da Rebelião na captura dos planos da Estrela da Morte, a arma de destruição em massa que será apresentada ao universo pelo Império no quarto filme (na ordem cronológica) da saga, Uma Nova Esperança (1977).

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