A virada de domingo (12) para segunda (13) será bastante movimentada na RBS TV. Três filmes de ação estarão em cartaz nas faixas Domingo Maior (Mad Max: Estrada da Fúria), Cinemaço (Planeta dos Macacos: O Confronto) e Corujão I (O Detonador).
No ar a partir das 23h25min, Mad Max: Estrada da Fúria (2015) ganhou seis Oscar: melhor edição, design de produção, figurino, maquiagem/cabelos, mixagem de som e edição de som. Trata-se de um pós-apocalíptico faroeste de comboio — uma espécie de versão siderada do clássico No Tempo das Diligências (1939). O cineasta australiano George Miller retoma o protagonista da trilogia Mad Max (1979-1985), agora vivido por Tom Hardy, mas quem assume as rédeas da trama é a Imperatriz Furiosa encarnada por Charlize Theron. Sua personagem se rebela contra Immortan Joe: resolve resgatar da Cidadela governada com mão de ferro as Cinco Noivas, as mulheres que o vilão mantinha aprisionadas para lhe trazer filhos "perfeitos".
É o ponto de partida para uma caçada incessante e eletrizante pela inóspita e hipnótica paisagem da Namíbia, na África, onde o longa-metragem foi rodado e onde o diretor de fotografia John Seale aposta no contraste entre variações do laranja, indo do amarelo ao vermelho, e o azul para ajudar o espectador a centrar sua atenção na ação que se desenrola. E a ação está sempre no centro da cena, que é limpa, embora selvagem. Uma tremenda lição a cineastas que apresentam sequências sujas e confusas como sinônimo da urgência e do caos de um combate.
Planeta dos Macacos: O Confronto (2014) foi o filme com o melhor desempenho comercial da franquia que atualizou a clássica saga de ficção científica dos anos 1960 e 1970. O longa que a RBS TV exibe à 0h55min de segunda-feira faturou US$ 710,6 milhões nas bilheterias — bem mais do que os US$ 481,8 milhões arrecadados por Planeta dos Macacos: A Origem (2011) e os US$ 490,7 mil de Planeta dos Macacos: A Guerra (2017).
A revitalização da saga foi um feliz casamento entre avanços tecnológicos e a perenidade da ideia original. Vale relembrar: na distopia apresentada pelo cineasta Franklin J. Schaffner em O Planeta dos Macacos (1968) — filme baseado no romance homônimo escrito pelo francês Pierre Boulle —, um astronauta (Charlton Heston) viaja até o futuro e descobre que a Terra foi devastada por uma guerra nuclear. Como uma crítica ao comportamento arrogante e beligerante da humanidade, esta agora está sob jugo de macacos inteligentes e falantes.
Dirigido por Matt Reeves (que depois assinaria A Guerra), O Confronto se passa 10 anos depois de A Origem. Um vírus criado em laboratório através de experiências com macacos dizimou quase toda a humanidade — e o restante decidiu que era uma boa ideia matar uns aos outros ao invés de buscar uma solução. Enquanto isso, os símios, modificados geneticamente e imunes à infecção, são liderados por César (voz e captura de movimentos de Andy Serkis) até uma reserva florestal de São Francisco, na Califórnia. Lá, começam a erguer os pilares de uma nova civilização, baseada na união e no respeito mútuo. Só que esse equilíbrio tem prazo de validade, estipulado pelo reaparecimento de um grupo de humanos. Sequências de combate ou de tensão dividem espaço com indagações existenciais: merecemos uma segunda chance ou chegou a vez de uma outra raça tomar conta do planeta?
Por fim, às 2h50min, em O Detonador (2006), Wesley Snipes interpreta um agente da CIA enviado à Romênia para impedir que um poderoso traficante de armas realize a venda de uma arma nuclear. Chegando lá, ele tem sua identidade descoberta e acaba sendo preso. Depois, vai acabar se envolvendo na escolta de uma russa (Silvia Colloca) que tem informações sobre o paradeiro de US$ 30 milhões. A direção é de Po-Chih Leong.