Estava eu reclamando da poluição visual da Serra para companheiros de viagem quando um outdoor me chamou a atenção. Mais pelo nome do que pelo outdoor em si. Buscava um restaurante para o almoço de domingo e o Wazlawick em letras garrafais é que me fez pesquisar sobre o lugar. Gostei do que vi na rede social, liguei, busquei mais informações e, na hora marcada, sob uma chuva torrencial, cheguei à porta do prédio de 1911, uma construção tombada por Nova Petrópolis.
Quem agora está ali é a sexta geração da família do dito sobrenome. A casa foi fechada dois anos atrás para adaptar o prédio para a nova função. Mais uma para as muitas que já teve: salão de baile, hospital, igreja, armazém. Tudo continua no lugar, de certa forma. Pedi para reservar uma mesa bacana, junto a uma janela, e a mesa era, na verdade, uma antiga cama amoldada ao novo uso. Há outras assim, algumas penduradas na parede do espaço com pé direito altíssimo. Outros objetos e uma parte do salão preservam a história: o antigo balcão, o cofre, as balanças, a vitrine giratória, o armário que guardava utensílios à venda, os antigos livros de contabilidade…
Mas vamos à comida, já que se trata de um restaurante: no almoço, é servido um rodízio, com carnes, massas e risotos. Come-se à vontade (R$ 54 por pessoa). Se sobrar espaço, não esqueça que há também uma confeitaria. Ou dá só para desfrutar da amostra de cucas servida após o almoço e você logo entenderá o porquê. É que no fundo do salão há fornos onde são preparadas essas iguarias e você poderá levá-las para casa quentinhas. Como é tempo de figos, escolhi uma desse sabor. Meu almoço durou umas três horas, de desfrute gastronômico e de conversa.
Fica na Linha Brasil, em Nova Petrópolis.
Funciona às sextas e sábados das 16h às 23h, aos domingos, das 10h às 20h, e nos feriados, das 10h às 23h.
Informações: (54) 3298-8045
