O jornalista Henrique Ternus colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
Atingida pela enchente que danificou boa parte da sua estrutura, a Central de Atendimento ao Eleitor (CAE) passou por uma grande reforma e foi reinaugurada nesta segunda-feira (4). No espaço — localizado na sede do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RS), entre as ruas Sete de Setembro e Siqueira Campos, no Centro Histórico de Porto Alegre —, a água atingiu 66 cm de altura e inundou todo o térreo e o subsolo do prédio, danificando mobília e equipamentos.
Apesar de a CAE estar com as obras concluídas, ainda há espaços inacessíveis no térreo do prédio e equipamentos que aguardam instalação. Em um ambiente completamente renovado, com paredes brancas recém-pintadas e novas cadeiras, mesas e divisórias, uma marcação simbólica na parede, ao lado do guichê da recepção, exibe a altura que o Guaíba alcançou. Do lado de fora, a marca real nas paredes ainda lembra o estrago histórico.
A reinauguração ocorre na véspera da reabertura do cadastro eleitoral, marcado para 5 de novembro. A partir desta data, os eleitores podem solicitar o alistamento (emissão do primeiro título), pedir transferência de cidade ou realizar revisão dos dados, além do cadastro biométrico. A partir desta terça-feira (5), a CAE reabre suas portas ao público, com atendimento de segunda a sexta, das 10h às 17h.
A solenidade de reabertura foi comandada pelo presidente do TRE-RS, desembargador Voltaire de Lima Moraes, acompanhado dos demais integrantes do pleno do tribunal e outros representantes da Justiça Eleitoral.
— Foi a nossa vontade que fez com que nesta tarde pudéssemos colocar à disposição dos eleitores e eleitoras mais um serviço extremamente importante para a população gaúcha, agora com amplas condições de trabalho e conforto a quem é atendido. O dia de hoje marca indelevelmente nossa capacidade de reconstrução — comemorou Voltaire.
De acordo com o desembargador, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disponibilizou aproximadamente R$ 6 milhões para a reconstrução do TRE-RS. Voltaire afirma, no entanto que o tribunal gaúcho ainda calcula se o montante foi suficiente.
Mesmo com uma ampla reforma em toda a estrutura atingida, alguns equipamentos do TRE-RS conseguiram ser isolados e mantidos em local seguro. É o caso dos computadores usados para os atendimentos na CAE, que foram transportados a andares superiores do prédio por servidores, que, com botas de borracha, enfrentaram a água na altura do joelho para salvar suas estações de trabalho.
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