Palavra do ministro da Comunicação Social, Paulo Pimenta, que até o dia 11 de setembro era responsável pela Secretaria Extraordinária de apoio à Reconstrução: não haverá corte de recursos destinados ao Rio Grande do Sul. Pimenta recebeu a garantia do secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, de quem foi cobrar explicações depois da confusão criada por um problema de interpretação em relação ao anúncio de cancelamento de créditos extraordinários autorizados pelo Congresso e que não foram e não serão utilizados dentro do ano de 2024.
— Ceron me garantiu que nunca falou em corte. Isso é uma barrigada — reagiu Pimenta irritado com as declarações do governador Eduardo Leite dadas ao jornalista Matheus Schuch, do Grupo RBS.
De acordo com o ministro, o que houve foi um erro de interpretação. Ceron disse à agência Bloomberg que a equipe econômica cancelaria parte dos créditos extraordinários de R$ 40,5 bilhões, que não foram utilizados pelo governo federal. Seriam cerca de R$ 10 bilhões no total.
A Pimenta, o secretário explicou que são créditos como os R$ 7 bilhões aprovados para importação de arroz, que não foram nem serão utilizados, mas permanecem em aberto na contabilidade oficial.
Com o ministro, Ceron comentou que Leite deveria estar preocupado com o R$ 1 bilhão do não pagamento da dívida, dinheiro que está parado porque o governo gaúcho ainda não apresentou um plano de aplicação dos recursos, que só podem ser usados na reconstrução.
Dinheiro ficará em fundo blindado
De acordo com Pimenta, os recursos prometidos pelo governo Lula para o sistema de prevenção às cheias no Rio Grande do Sul não serão afetados por cortes:
— O dinheiro da reconstrução ficará em um fundo blindado. Estão criando polêmica onde não existe.
Ainda de acordo com o ministro, as obras do PAC e do PAC Seleções, que contemplam projetos de diferentes municípios, não serão afetadas pelo cancelamento dos créditos.