Convidado a falar no almoço do Fórum da Liberdade, depois da palestra do economista-chefe do BTG, Mansueto Almeida, ex-integrante da equipe econômica de Michel Temer, o governador Eduardo Leite sentiu-se à vontade para rebater as críticas dos liberais à sua proposta de "recomposição de receitas" pelo aumento do ICMS ou corte de benefícios fiscais. Mansueto deu a deixa aos elogiar as reformas que Leite conseguiu aprovar no primeiro mandato.
O governador comentou que muitos liberais usam exemplos de outros Estados e esquecem que nenhum governador fez uma reforma previdenciária tão profunda como a dele, que equiparou civis e militares. Disse que tampouco há precedentes em matéria de reforma administrativa, com o fim de reajustes automáticos por tempo de serviço. Citou, ainda, as privatizações, com a venda de cinco estatais, e as concessões feitas pro seu governo.
Para que não pairassem dúvidas sobre a comparação que queria fazer, citou Minas Gerais, governada por Romeu Zema (Novo), que não fez nenhuma dessas reformas, cobra 4% de IPVA, 18% de ICMS e ainda mantém o diferencial de alíquota (Difal), que ele eliminou. No Rio Grande do Sul, o ICMS é de 18% e o IPVA de 3% do valor do veículo.
Leite fez a mesma comparação em relação a São Paulo, governada por Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), que cobra a mesma alíquota de Minas Gerais no ICMS e no IPVA.