Ex-vice-presidente e um dos poucos líderes a se pronunciar em público nas primeiras horas após a operação que apura a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro em tentativa de golpe de Estado, o senador Hamilton Mourão (Republicanos) usou as redes sociais para criticar a investigação. Mourão começou dizendo que o Brasil vive situação de "não normalidade".
Em seguida, o senador afirmou que "inquéritos eternos" buscam "pelo em ovo" e acabam atacando a honra de "chefes militares que dedicaram toda uma vida ao Brasil". Mourão fez referência a investigações sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF), como, por exemplo, o inquérito das fake news, aberto em 2019. Foi Moraes quem autorizou a operação da Polícia Federal deflagrada nesta quinta-feira (8).
"Enquanto isso, os ladrões de colarinho branco são anistiados e a bandidagem comum aterroriza a população que vive sob o signo da total insegurança", escreveu o ex-vice-presidente, no X (ex-Twitter).
Deputado federal mais votado no Rio Grande do Sul nas eleições de 2022, Luciano Zucco (PL) escreveu que "não há muito o que dizer" no momento e, adotando tom enigmático, completou: "Não estamos inertes".
"Dadas as incertezas e nebulosidades do momento, não há muito o que dizer e nem mesmo se pode falar muito. Como todos os brasileiros, estamos atônitos e preocupados. Mas pedimos a compreensão e a confiança de todos, pois não estamos inertes. Oremos pelo Brasil e pelos brasileiros", diz a íntegra da postagem de Zucco.
Presidente do PL no Rio Grande do Sul, o deputado federal Giovani Cherini evitou comentar diretamente a operação em suas redes sociais. No Instagram, sem atribuir a autoria da frase, o deputado publicou um card dizendo: "O silêncio nem sempre é covardia, às vezes é prudência e outras vezes e inteligência".
Mais tarde, Cherini encaminhou mensagem à coluna com outro card, dizendo que "O perigo surge quando a justiça (sic) não o condena pelo que você fez, mas sim pelo que ela supõe que você tenha feito, mesmo que você seja inocente".
Um dos principais líderes do bolsonarismo no país, o ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL) permanece silente nas redes sociais. Filho dele, o deputado estadual Rodrigo Lorenzoni (PL) sugeriu que a investigação da Polícia Federal representa "ofensiva" contra o PL, na tentativa de "criminalizar quem representa metade da população brasileira".
"Estão tentando jogar para as sombras o conservadorismo num ano fundamental de eleições municipais", escreveu Rodrigo Lorenzoni.