Em férias na Bahia até o dia 10, o governador Eduardo Leite decidiu que vai interromper o período de descanso para comparecer ao ato de 8 de janeiro, em Brasília. O evento marcará um ano desde os ataques antidemocráticos contra as sedes dos três poderes.
À coluna, Leite disse que considera o ato importante devido ao "simbolismo". Ao decidir comparecer, o tucano se diferencia de governadores como o de São Paulo, Tarcísio Freitas (Republicanos), e do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), que citaram o período de férias como justificativa para a ausência.
— Estou programado pra ir. Entendo que é um ato de importante simbolismo. Não sei como estão as férias dos outros governadores. Eu consegui conciliar com as minhas — disse Leite à coluna.
Os governadores de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), e do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), já confirmaram que não viajarão a Brasília. Ambos apoiaram Jair Bolsonaro na disputa eleitoral contra Lula em 2022.
No ato da próxima segunda-feira (8), estão confirmadas as presenças do presidente Lula, do vice Geraldo Alckmin e dos presidentes da Câmara, Arthur Lira, do Senado, Rodrigo Pacheco e do STF, Luís Roberto Barroso. A ministra aposentada do STF Rosa Weber, que presidia o Supremo à época dos ataques, e o ministro Alexandre de Moraes também irão ao evento.
Zanchin assume dia 8
A ida de Leite a Brasília não interfere na cronograma acertado pelo governo para que o presidente da Assembleia, deputado Vilmar Zanchin (MDB), tenha condições de assumir o Palácio Piratini como governador interino entre os dias 8 e 10 de janeiro.
Em exercício durante as férias de Leite, Gabriel Souza transfere o comando do Estado para Zanchin no dia 8. O tucano reassume o Piratini após o retorno das férias, no dia 11.
Todos os anos, o presidente da Assembleia assume o governo do Estado por alguns dias como cortesia entre os poderes.