Uma visita ao castelo construído por Joaquim Francisco de Assis Brasil encerrou as comemorações do centenário do Pacto de Pedras Altas - que pôs fim à sanguinária revolução de 1923. Durante três dias, a Justiça Eleitoral reuniu juristas e acadêmicos no Jacques Durante três dias, a Justiça Eleitoral reuniu juristas e acadêmicos no hotel Jacques Georges Tower, em Pelotas, para discutir a importância do tratado, o impacto histórico e seu legado para o Rio Grande do Sul.
À frente da programação, a presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RS), desembargadora Vanderlei Teresinha Kubiak, combinou debates acadêmicos com a visita ao castelo que foi palco de articulações políticas. Hoje em reforma, depois de anos de deterioração, o Castelo de Pedras Altas voltará a ser uma das principais atrações turísticas do Pampa gaúcho.
Das comemorações participaram cerca de 180 pessoas, vindas de diferentes regiões do Brasil. O grupo ouviu um discurso emocionado do novo proprietário do castelo, Luiz Carlos Segat. O agricultor contou que seu sonho era ter uma enciclopédia e acabou comprando uma biblioteca de 15 mil livros. O TRE cedeu equipes para catalogar as obras relacionadas ao Direito eleitoral.
O novo proprietário está recuperando o castelo que tem tudo para ser um polo de turismo da região. Para isso, o governo estadual terá de melhorar o acesso ao local, já que são mais de 10 quilômetros de chão batido.
O que a Justiça Eleitoral tem a ver com isso? É que Assis Brasil é considerado o patrono da Justiça Eleitoral por ter, à época, ajudado a redigir o Código Eleitoral, trabalhado para garantir o voto feminino e por ser um visionário. Há um século, conhecedor das fraudes que abundavam nas eleições, Assis Brasil dizia que para ter um voto seguro seria preciso criar uma “máquina de votar”. Essa máquina existe e se chama urna eletrônica.