Líderes políticos, empresariais e comunitários da região Sul do Estado se reuniram nesta quarta-feira (27) na sede da Associação da Indústria e Comércio de Camaquã para discutir formas de pressionar o governo pela revogação do aumento de 28% no pedágio da Ecosul. Organizada pelo deputado Marcus Vinícius de Almeida (PP), a reunião contou também com o deputado Zé Nunes (PT).
Marcus Vinicius está engajado no movimento contra o aumento da tarifa acima da inflação, que considera abusivo e sem base técnica.
— Líderes empresariais, produtores, transportadores e autônomos estão se mobilizando para essa virada de ano, quando o valor aumenta. Iremos a Brasília para tentar reverter — avisa o deputado, fazendo coro com a bancada do PT, que anunciou uma reunião com o ministro dos Transportes, Renan Filho.
Em uma simulação dos impactos do aumento, o deputado mostra que um rodotrem pagará R$ 232 a cada passagem. Como são três pedágios (dois na BR-116 e um na BR-392), uma viagem de ida e volta de Porto Alegre até o porto de Rio Grande custará R$ 1.392. O custo do pedágio é de R$ 3,66 por quilômetro rodado, enquanto o do diesel é de R$ 2,27 para o mesmo percurso.
Os líderes da Zona Sul também não concordam com a prorrogação da concessão e querem uma nova licitação, "que abrace toda a BR-116, de Vacaria a Jaguarão".
Em outra frente, os deputados federais Afonso Hamm (PP), Alexandre Lindenmeyer (PT) e Daniel Trzeciak (PSDB) e o prefeito de Rio Grande, Fábio Branco, ingressaram com pedido de medida cautelar no Tribunal de Contas da União (TCU) para suspender o aumento.