Sem anúncio formal de como será a divisão do bolo, o governo de Eduardo Leite vem usando o dinheiro da venda da Corsan em investimentos nas áreas de infraestrutura, saúde e educação. Dos R$ 540 milhões anunciados nesta quarta-feira (11) para construção de acessos asfálticos e recuperação de rodovias, R$ 150 milhões são originários da venda da Corsan, que rendeu R$ 4 bilhões ao Estado. O dinheiro está no caixa único, mas não pode ser usado em despesas de custeio.
O resto do dinheiro a ser aplicado nas estradas sairá do Tesouro do Estado, com o remanejamento de despesas. O secretário dos Transportes, Juvir Costella, diz que essa foi uma opção do governo para recuperar a competitividade do Estado e devolver as condições de trafegabilidade às estradas atingidas pelas enchentes.
Apesar da coincidência entre o valor anunciado e o que o governo pretendia repassar ao governo federal em meados do ano passado, para acelerar as obras na BR-116 Sul, na BR-290 e na BR-116 região de São Leopoldo e Scharlau, o dinheiro é outro. Aquele, que a Assembleia não autorizou repassar ao governo federal, entrou no orçamento deste ano e foi gasto no primeiro semestre.
Costella diz que o excesso de chuva atrapalhou o plano do governo de entregar uma série de obras até o final do ano, mas que todas as iniciadas terão continuidade e devem ser inauguradas no primeiro semestre de 2024. Entre elas, estão o acesso a Cruzaltense, a elevada da RS-118 e a ponte de Campinas do Sul.
Costella ressalta que todas as regiões administrativas do Daer foram contempladas nesse pacote anunciado nesta quarta-feira com recursos que extrapolam o previsto no orçamento.
É com o dinheiro da venda da Corsan que a secretária da Saúde, Arita Bergmann, está recuperando unidades básicas de saúde e investindo em hospitais. A secretária anunciou a reconstrução das unidades de saúde de Caraá, atingidas pelo ciclone de junho. O Estado também vai ajudar na recuperação do Hospital Nossa Senhora Aparecida, de Muçum.