O jornalista Bruno Pancot colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
O governador eleito Eduardo Leite (PSDB) e o vice Gabriel Souza (MDB) foram até a Assembleia Legislativa nesta segunda-feira (21) e convidaram os deputados estaduais eleitos do PP para participar da transição e integrar a base do governo a partir de 2023.
A resposta oficial dos progressistas deve ser conhecida no final da tarde desta terça (22), quando a bancada se reúne para discutir a proposição. A tendência é de que o PP aceite o convite.
— Trabalhamos juntos no governo Sartori, no governo que está findando e ele (Leite) propõe que a gente siga fazendo isto. Se voltarmos no (governo) Sartori, na Yeda, no Rigotto e no Britto, o PSDB, o PP e o MDB estiveram juntos. O PP é a maior bancada de um grupo que vem há mais tempo junto — explanou o deputado Frederico Antunes, líder da bancada do PP e ex-líder de governo de Leite nos primeiros três anos de governo.
A adesão é considerada estratégica para os planos do futuro governo, uma vez que o PP elegeu sete deputados estaduais e poderá ter a maior bancada aliada do Piratini.
— Agora os progressistas fazem a sua conversa internamente, no tempo deles. O governo eleito manifesta o seu desejo nessa parceria — ponderou Leite.
Os progressistas participaram do primeiro governo Leite desde o início. Na eleição, entretanto, a sigla decidiu lançar o senador Luis Carlos Heinze a governador, candidato derrotado com 4,28% dos votos. No segundo turno, o PP declarou apoio oficial a Onyx Lorenzoni (PL), mas um grupo de deputados e prefeitos ficou ao lado de Leite.
Participaram da reunião ontem os deputados reeleitos Silvana Covatti, Ernani Polo, Frederico Antunes e Adolfo Brito, além dos deputados eleitos Guilherme Pasin, Marcus Vinícius e Joel de Igrejinha. O presidente estadual do PP, Celso Bernardi, também acompanhou a reunião.