Com a meta traçada de ampliar as bancadas na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados, o Podemos espera definir o apoio na eleição para governador até o dia 24 de julho, quando está marcada a convenção do partido. A tendência é ingressar na chapa do ex-governador Eduardo Leite (PSDB), uma vez que o Podemos detém cargos no governo estadual e está alinhado na agenda de reformas implementada pelo tucano.
Segundo o presidente do Podemos no Rio Grande do Sul, Everton Braz, a presença ao lado de Leite dependerá do apoio à reeleição do senador Lasier Martins e da participação que o partido terá nas decisões de campanha. Em relação a Lasier (Pode), a tese defendida é de que não existe impeditivo para que ele e a ex-senadora Ana Amélia Lemos (PSD) façam parte da mesma coligação.
— Há espaço para os dois candidatos, como já tem acontecido em outros Estados — afirma Braz.
O desenho visualizado pelo Podemos repetiria o que deve ocorrer em Goiás e no Rio de Janeiro, onde pré-candidatos a governador pretendem lançar dois nomes ao Senado na mesma chapa.
Questionado pela coluna a respeito do posicionamento de Ana Amélia, que já avisou potenciais aliados de campanha de que exige exclusividade na aliança majoritária, Braz responde que o partido tem "posição mais construtiva".
— Respeito a posição da senadora, mas acho que é pouco construtivo para o projeto coletivo que passa pela reeleição do governador Eduardo Leite — contrapõe.
O presidente do Podemos avalia que a eleição para o Senado será bastante disputada e diz que Lasier seria um reforço para o partido na Câmara, se quisesse concorrer a deputado federal. Mas pondera que o partido respeita a decisão do senador, que é de tentar a reeleição.
Além de Leite, o Podemos mantém conversas com Gabriel Souza (MDB) e Roberto Argenta (PSC). O lançamento da candidatura de Lasier de forma avulsa também é uma possibilidade em discussão.
O principal objetivo da legenda é ampliar a bancada federal para atingir a cláusula de desempenho e ter acesso aos recursos do fundo partidário e ao tempo de propaganda de rádio e TV. A meta no Rio Grande do Sul é eleger dois deputados federais e quatro estaduais.