De passagem pelo Rio Grande do Sul, em uma pausa na agenda nacional durante o feriado de Páscoa, o governador Eduardo Leite recebeu em seu novo apartamento o presidente do MDB, Fábio Branco, e o pré-candidato do partido a governador, Gabriel Souza, acompanhados do chefe da Casa Civil, Artur Lemos.
— Foi nossa primeira conversa após a renúncia. Fizemos uma avaliação dos cenários nacional e estadual e da necessidade de manter no Rio Grande do Sul o projeto que começou no governo de José Ivo Sartori e continuou no dele — contou Gabriel.
Leite deixou claro que não jogou a toalha em relação à candidatura a presidente e que, depois do feriado, deverá intensificar as articulações em favor de uma candidatura única da terceira via.
No discurso oficial, esse candidato até pode ser o ex-governador de São Paulo João Doria. Nos bastidores, líderes do PSDB consideram Doria inviável e apostam na dupla Eduardo Leite-Simone Tebet. A aposta é a mesma do MDB, com a diferença que o partido prefere uma chapa encabeçada por Simone.
Na noite de quarta-feira, toda os principais líderes do MDB jantaram com o presidente Baleia Rossi, na Churrascaria Santo Antônio, e ouviram dele o mesmo que dissera à coluna no almoço: que a maioria está com Simone, apesar do apoio explícito de Renan Calheiros ao ex-presidente Lula (PT).