Dez anos depois de iniciada a duplicação da BR-116 no trecho Guaíba-Pelotas, será finalmente inaugurado nesta sexta-feira (8) pelo presidente Jair Bolsonaro o contorno de Pelotas. É uma obra que a prefeita Paula Mascarenhas define como “magnífica” e lembra que o projeto começou a tomar forma nos anos 1980, quando Bernardo de Souza era prefeito e impediu que uma carga perigosa entrasse na cidade.
Esse episódio desencadeou o processo de luta pela construção dessa faixa das BRs 116 e 392, chamada de contorno. Até então, automóveis, ônibus e caminhões que vinham do Uruguai precisavam passar por dentro de Pelotas. Paula também dá crédito ao ex-prefeito Fetter Júnior (PP), seu adversário na última eleição, que trabalhou para incluir os viadutos na obra de duplicação da BR-116.
A inauguração do contorno e de mais um trecho da duplicação da BR-116, que só deve ficar pronta em 2023, é uma vitória coletiva. Nem o governo de Dilma Rousseff (PT), que iniciou a obra, nem os de Michel Temer (MDB) e de Bolsonaro, que deram continuidade, fizeram favor à população da Região Sul ao investir recursos públicos nessa rodovia estratégica para a economia do Rio Grande do Sul. Foi a mobilização da comunidade, incluindo governadores e prefeitos, que garantiu a transformação de um esboço em projeto que aos poucos vai sendo entregue à população.
Por falta de duplicação da BR-116, a região perdeu investimentos, empresas perderam dinheiro, pessoas perderam a vida. Parece inacreditável que até a duplicação da BR-392, toda a ligação com o porto de Rio Grande fosse de pista simples.
Na mesma categoria de vitória coletiva é a inauguração do aeroporto de Passo Fundo, totalmente remodelado, e que está na agenda do presidente. Zero Hora acompanhou a mobilização dos líderes da região por essa obra, que começou a tomar forma de projeto quando Eliseu Padilha era ministro da Aviação Civil e Luciano Azevedo prefeito de Passo Fundo.
Uma região das mais produtivas do Estado tinha um aeroporto acanhado, incompatível com o seu potencial econômico e seus moradores precisavam se socorrer da vizinha Chapecó ou percorrer os quase 300 quilômetros que a separam de Porto Alegre.