A data e a forma ainda não estão definidas, mas o governador Eduardo Leite confirmou que anunciará seu destino político na próxima semana. Pelo tom usado na breve entrevista que concedeu após visitar o centro de comando e controle da polícia de Nova York, Leite dirá sim ao PSD. Oficialmente, ele ainda está articulando uma terceira via que poderá ter outro candidato, mas nos bastidores a informação é de que renunciará ao mandato de governador para se lançar na disputa ao Planalto.
Leite disse que não pode deixar a decisão para a última hora, porque não se trata de um ato solitário: outros companheiros do PSDB estão com seu destino atrelado à escolha que fizer. Entre eles está o vice-governador Ranolfo Vieira Júnior, que herdará o mandato e gostaria de concorrer a governador.
Nesta segunda-feira (7), o governador voltou a dizer que a escolha dos brasileiros em outubro não pode ser entre "o inaceitável e o indesejável", referindo-se ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao ex-presidente Lula (PT):
— A campanha mesmo só dura 45 dias. Naturalmente que não vai ser nesses 45 dias que vai se conseguir quebrar a polarização. Esse trabalho exige uma aglutinação de forças e, ao máximo possível, tentar se comunicar com a população pelos canais existentes, de forma a ir sensibilizando as pessoas para mostrar a elas que não precisam ficar, como já disse um grande empresário nacional, entre o inaceitável e o indesejável.
Leite disse que, embora esteja em uma agenda internacional, tratando de assuntos de interesse do Rio Grande do Sul, segue fazendo articulações por telefone:
— Há pessoas que acham que eu posso ser esse nome (o da terceira via). Estou conversando sobre eventualmente liderar um projeto nacional. Tenho conversado com líderes do PSDB e também de outros partidos, porque precisamos de uma coalizão nacional. Temos de discutir estratégias e o melhor caminho para que se viabilize essa alternativa.
O governador disse que não gostaria de deixar o PSDB, seu partido há 20 anos, mas critica a falta de ação dos líderes tucanos pra discutir formas de superar os baixos índices do pré-candidato Joao Doria, vitorioso na prévia do PSDB. Leite reclama que nem reuniões o PSDB tem feito para discutir como reduzir a rejeição ao nome de Doria.
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