A mesa de negociações criada na Assembleia Legislativa para a discussão sobre o reajuste do salário mínimo regional teve a segunda reunião realizada nesta quarta-feira (30). Apesar da disposição de diálogo por parte dos representantes de empresários e trabalhadores, o assunto aparenta estar longe de um consenso. O último reajuste no piso, de 5,53%, foi aprovado em dezembro de 2021, com vigência retroativa a outubro. Em 2020, não houve reposição.
O diretor da Fiergs Guilherme Scozziero Neto, e o vice-presidente da Federasul, Rafael Sittoni, participaram em nome das federações empresariais e sustentaram que não é o momento para qualquer reposição. Os argumentos são de que as empresas ainda estão superando os impactos da pandemia e que o mínimo regional tem um acúmulo histórico de aumentos reais.
Representando os trabalhadores, integrantes de centrais sindicais insistiram na reivindicação de uma correção de 15,58%, o que equivale à inflação de 2019, que não foi recuperada, somada à de 2021. A principal alegação em defesa do reajuste é a disparada da inflação, que corrói o poder de compra dos trabalhadores.
O deputado Luiz Fernando Mainardi (PT), que propôs a instalação da mesa de negociação e coordenou a reunião, vai solicitar uma audiência com o novo governador, Ranolfo Vieira Júnior, para tratar do tema.
— Espero que o governador Ranolfo seja mais sensível. Todos sabemos que a renda do trabalhador é um elemento fundamental para o desenvolvimento do Estado — diz Mainardi.
Composto por cinco faixas, o mínimo regional incide sobre o salário de categorias que não têm previsão de outro parâmetro em convenções ou acordos coletivos e sobre a remuneração de trabalhadores informais.
Um novo encontro da mesa de negociações foi marcado para o dia 13 de abril, às 10h, na sala da presidência da Assembleia Legislativa.
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