Em meio à incerteza sobre o futuro da prévia do PSDB, o presidente nacional do partido pediu que até as 11h desta segunda-feira (22) a Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Faurgs) responda, tecnicamente, em quanto tempo é possível corrigir as falhas no sistema e retomar a votação interrompida neste domingo (21). De acordo com informações preliminares, o desenvolvedor precisará de dois dias para identificar os problemas, corrigir os erros, testar e submeter o aplicativo aos parceiros encarregados de apontar falhas.
Responsável pelo desenvolvimento do aplicativo, a Faurgs atribuiu os problemas verificados na votação ao excesso de preocupação com segurança. Por meio de sua assessoria, a diretora-presidente da Faurgs, Ana Rita Facchini, disse que, para evitar a ação de hackers, às vésperas da votação foram introduzidas novas camadas de proteção dos dados, por recomendação da Kriptos, empresa contratada pelo partido para apontar eventuais fragilidades no sistema. Outras duas consultorias, uma ligada à Universidade de São Paulo e outra de Pernambuco, foram contratadas para detectar eventuais falhas.
De acordo com a Faurgs, o aplicativo foi testado com mais de 70 mil pessoas, antes da implantação das mudanças, sem que nenhum problema tivesse sido registrado. O PSDB tinha 44,7 mil inscritos para votar na prévia.
Ana Rita não quis falar com a coluna porque, segundo a assessoria, estava reunida com as empresas contratadas pelo PSDB para fazer a verificação do sistema. A Faurgs divulgou nota dizendo que está investigando todas as possíveis causas da instabilidade verificada no aplicativo das prévias do PSDB.
Confira a íntegra da nota:
"Nota de esclarecimento – Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (FAURGS)
A Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (FAURGS) esclarece que está investigando todas as possíveis causas da instabilidade verificada no aplicativo das prévias do PSDB. Desde que os primeiros relatos foram informados, os esforços dos técnicos da instituição estão em descobrir a causa da lentidão do sistema. Assim que houver total comprovação, o detalhamento desse ocorrido será levado a público.
Ao contrário do que foi especulado, os problemas não têm qualquer relação com a compra de licenças para suportar o reconhecimento facial dos filiados. Tanto é que o mesmo número de certificados permitiu o cadastramento bem-sucedido dos mais de 44 mil eleitores.
Os votos até agora registrados não serão perdidos, e a segurança do sistema não foi afetada. Todo o processo está sendo acompanhado por técnicos representando as três chapas inscritas, garantindo lisura e transparência."