Mais uma pesquisa encomendada por empresa do mercado financeiro, a plataforma de investimentos Genial, constata o derretimento da popularidade do presidente Jair Bolsonaro, a força do ex-presidente Lula (PT) e a fragilidade da terceira via, com a pulverização dos candidatos. Divulgada nesta quarta-feira (10), a pesquisa Genial/Quaest mostra que 69% dos entrevistados não querem a reeleição de Bolsonaro, 56% reprovam o governo e somente 19% aprovam. Na pesquisa anterior, feita há um mês, a reprovação era de 53% e a aprovação de 20%. 

O motivo para a queda de popularidade do presidente está no bolso dos eleitores, atingidos em cheio pela inflação: 73% acham que no último ano a economia piorou, 66% consideram que a diferença entre ricos e pobres aumentou e 48% afirmam que a economia é o maior problema do país. 

O levantamento realizado de 3 e 6 de novembro, com 2.063 entrevistas presenciais em 123 municípios, constatou que, se a eleição fosse hoje, Lula teria mais votos do que todos os adversários somados e venceria no primeiro turno. Foram apresentados dois cenários aos eleitores e, nos dois, o petista tem mais de 50% dos votos válidos. 

No primeiro, supondo-se que o candidato do PSDB seja João Doria, Lula teria 48% dos votos e Bolsonaro 21%, índice semelhante ao dos que aprovam seu governo e superior à soma dos pré-candidatos da terceira via. No segundo cenário, com Eduardo Leite, Lula tem 47%, Bolsonaro os mesmos 21% e os adversários também não chegam a esse índice. Sergio Moro (Podemos) tem 8% nas duas simulações, Ciro Gomes (PDT) faz 7% em uma e 6% na outra. Doria tem 2%, Eduardo Leite (PSDB) e Rodrigo Pacheco (PSD), 1%. 

Nas simulações de segundo turno, Lula supera todos os candidatos, com percentuais que vão de 57% a 59%. Teria 57% dos votos contra 27% de Bolsonaro. Contra Moro, Lula mantém 57%, e o ex-juiz fica com 22%, sinal de que parte dos eleitores de Bolsonaro anularia o voto. Na disputa com Ciro, são 53% para Lula e 20% para o candidato do PDT. 

O nível de confiança da pesquisa Genial/Quaest é de 95%, com margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. 

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