Entidades que representam empresários no Rio Grande do Sul emitiram posicionamentos públicos contestando o aumento do fundo público de financiamento de campanha para a próxima eleição, de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões. A quantia foi aprovada pelo Congresso no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2022.
A manifestação mais recente partiu da Câmara de Dirigentes Logistas (CDL) de Porto Alegre, que divulgou nota repudiando aumento do "fundão" nesta segunda-feira (26).
"A ação de senadores e deputados federais para aprovação da proposta legislativa que regulamenta o orçamento de gastos do poder público federal, com recursos oriundos da contribuição da sociedade, demonstra a irresponsabilidade política, econômica e social de uma parcela significativa dos parlamentares brasileiros neste momento em que o Brasil precisa de condutas ética e ilibadas, já que perpassa uma das piores crises da história mundial", diz o comunicado.
Na semana passada, a Federação do Comércio de Bens e de Serviços do RS (Fecomércio-RS) também havia reagido ao aumento:
"Em um momento de dificuldades para as empresas e para toda a sociedade brasileira, a Fecomércio-RS se posiciona contrária a qualquer iniciativa de aumento de gastos públicos com campanhas eleitorais".
A Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul) foi outra a criticar a majoração do fundo de campanha, afirmando que " a medida se contrapõe às ações de controle fiscal que se fazem necessárias num momento em que a sociedade brasileira padece pelos efeitos da pandemia.
Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro havia dito que vetaria o aumento do fundão. Nesta segunda-feira (26), entretanto, ele modulou o discurso e falou em vetar apenas o que chamou de "um extra de R$ 2 bilhões".