Um dia depois de centenas de pessoas terem sofrido nas filas tentando, sem sucesso, receber a segunda dose da CoronaVac em Porto Alegre, o prefeito Sebastião Melo gravou um vídeo pedindo desculpas em nome da prefeitura. Ao lado do secretário da Saúde, Mauro Sparta, e do coordenador da Vigilância em Saúde, Fernando Ritter, o prefeito disse que a prefeitura foi induzida a erro pelo Ministério da Saúde, quando recomendou que fossem aplicadas todas as doses da vacina, sem reservar estoque para a segunda aplicação.
Melo anunciou que, a partir de agora, independentemente do que o Ministério da Saúde recomendar, a prefeitura vai reter as vacinas necessárias da Pfizer e do Butantan para garantir a aplicação da segunda dose.
— Quando e gente erra, pedir desculpas é um ato de grandeza — justificou o prefeito.
Melo disse a que a prefeitura “tem acertado muito” e que fez ajustes para evitar que o problema da quarta-feira (5) se repita. Reconheceu que houve falha de sua equipe ao não repassar para o drive thru da PUC e para os postos as doses que tinham sido reservadas para aplicação nesta quinta-feira (6) e na sexta-feira (7) e que acabaram sendo guardadas para juntar ao próximo lote.
O prefeito admitiu também que houve demora da guarda municipal e da EPTC em organizar o trânsito na manhã da quarta-feira, quando longos congestionamentos se formaram nas ruas adjacentes ao estacionamento da PUC e as pessoas tinham dificuldade para saber como entrar na fila, que se estendeu até Viamão.
Ainda segundo o prefeito, “muita gente que não estava na lista para receber a vacina acabou entrando nas filas e tumultuando o processo”. Melo se refere a quem fez a primeira dose depois de 8 de abril e que não deveria ter ido aos postos, mas esse foi o menor dos problemas. Não havia vacinas disponíveis para todos os que fizeram a primeira aplicação antes de 8 de abril. Como não sabia quantos compareceriam, a prefeitura adotou política semelhante à das companhias aéreas, quando vendem mais passagens do que a capacidade dos aviões, prática conhecida como overbooking.
Para evitar problemas futuros e tranquilizar as pessoas que aguardam pela segunda dose, Melo está pedindo ao Ministério da Saúde que edite nota técnica explicando qual o prazo máximo que os vacinados com a CoronaVac podem esperar, sem risco de ficarem desprotegidos.
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