Um grupo de prefeitos que integra o Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras (Conectar) se reuniu nesta quinta-feira (29) com o embaixador da China, Yang Wanming, e pediu o suporte do diplomata na intermediação para a compra de vacinas contra a covid-19. O consórcio é liderado pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP).
Os gestores municipais pleitearam o envio de, pelo menos, 6 milhões de doses ainda para este semestre. Na avaliação dos prefeitos, isso seria suficiente para vacinar todos os trabalhadores da educação e permitir o retorno às aulas presenciais em todos os níveis.
Três alternativas de compra foram apresentadas ao embaixador:
- Adquirir, por intermédio do Instituto Butantan, doses da CoronaVac produzidas na China;
- Adquirir doses da vacina produzida pelo laboratório chinês Sinopharm, que possui 79% de eficácia contra o vírus. Neste caso, uma carta de intenções já foi assinada com o objetivo de comprar 15 milhões de doses;
- Adquirir vacinas do laboratório CanSino, que já foi aprovada em países como México, Hungria, Paquistão e Chile.
A primeira alternativa é a mais factível, visto que as vacinas da Sinopharm e do CanSino precisariam de aprovação da Anvisa para a aplicação no país. Na próxima semana, os prefeitos devem se reunir com representantes dos dois laboratórios, com mediação da embaixada.
Presente à reunião desta quinta, o prefeito de Canoas, Jairo Jorge, que é vice-presidente de Relações Institucionais da FNP, disse que o objetivo dos prefeitos não é promover uma "disputa de beleza" com o governo federal, mas buscar caminhos para acelerar a imunização do país.
— Não queremos concorrer com o governo federal, justamente por isso buscamos opções alternativas de vacinas. Nosso objetivo é colaborar — disse o prefeito.
De acordo com Jairo, os representantes da Conectar receberam do secretário-geral do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, a garantia de que, se comprarem as vacinas, as doses não serão requisitadas pelo governo federal.
Espera pela vacina
Na consulta popular virtual promovida pela prefeitura de Canoas, 75,27% das pessoas que votaram opinaram que a volta às aulas presenciais nas escolas municipais deve ocorrer apenas depois da vacinação de professores e funcionários de escolas. Ao todo, houve 14.005 votos válidos, segundo a prefeitura.
Entre os pais de alunos, 28% votaram pelo retorno imediato, enquanto 72% optaram pela volta após a vacinação. O resultado surpreendeu inclusive o prefeito Jairo Jorge, que esperava um apoio maior dos familiares de alunos à reabertura imediata de escolas.
A prefeitura seguirá a opinião da maioria e não reabrirá as escolas municipais neste momento.
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