Diante do fracasso das tentativas de convencer o Ministério da Saúde a antecipar o início da vacinação dos professores, o governador Eduardo Leite começou a discutir com o procurador-geral de Justiça, Fabiano Dallazen, um termo de ajustamento “para construir com respaldo jurídico um plano de antecipação da imunização dos trabalhadores na educação”. O presidente da Assembleia, Gabriel Souza, apoia a iniciativa e trabalha em conjunto com o Piratini para atender à demanda que não é só de professores, mas também de pais que desejam a retomada das aulas presenciais.
Leite já fez vários pedidos ao Ministério da Saúde, um deles em conjunto com os demais poderes, mas nada avançou. A prioridade aos professores será discutida nesta semana na reunião do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde, informa a secretária Arita Bergmann.
Depois que o governador de São Paulo, João Doria, começou a vacinar os professores à revelia do Ministério da Saúde, aumentou a pressão para que o Rio Grande do Sul faça o mesmo. Nesta segunda-feira (12), o presidente da Assembleia recebeu da deputada Sofia Cavedon (PT) e de representantes dos sindicatos de professores do ensino público (Cpers) e do privado (Sinpro), uma carta aberta pela vacinação dos professores e trabalhadores em educação.
Presidente da Comissão de Educação, o deputado Carlos Búrigo tem defendido a antecipação da vacina para professores e servidores de escolas.
— A volta a uma vida perto da normalidade precisa a vacinação de professores — diz Búrigo, que ouve das secretarias da Saúde e da Educação a justificativa de que as prioridades são definidas pelo Ministério da Saúde.
Ao receber o documento, Gabriel informou que irá a Brasília nas próximas semanas para tratar, entre outras pautas, da reivindicação dos educadores junto ao Ministério da Saúde.
— Vamos reforçar o pedido que já fizemos no início de março. Na ocasião, cancelamos uma sessão plenária para participarmos, junto ao Governo do Estado, do ato de assinatura do documento que pediu a antecipação e priorização dos professores e trabalhadores do setor de educação para receber a vacina — lembrou o presidente.
Gabriel também recebeu de um grupo de professoras e mães um abaixo-assinado com mais de 25 mil assinaturas reiterando o pedido.
O deputado lembrou ainda dos projetos de lei elaborados pelas deputadas Sofia Cavedon (PT) e Zila Breitenbach (PSDB), ambos protocolados na Assembleia com o pleito de prioridade dos profissionais no calendário de vacinação contra a covid-19.
O diretor do Sinpro-RS, Cassio Bessa, e a presidente do CPERS, Helenir Schürer, afirmaram que os professores e demais categorias ligadas ao ensino querem retomar as atividades presenciais, mas temem o contágio da doença.
— Não queremos que as escolas sejam centros de transmissão de covid, por isso reivindicamos a vacina — disse Helenir.
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