O governador Eduardo Leite confirmou que o Rio Grande do Sul vai receber 340 mil doses de vacina contra o coronavírus na primeira leva, entregue nesta segunda-feira (18). Leite está em São Paulo, reunido com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e com outros governadores e secretários da Saúde para ser alinhada a logística da vacinação.
Um avião trazendo o imunizante para o Rio Grande do Sul deve decolar nas próximas horas. O Ministério da Saúde confirmou que o início da campanha de vacinação foi antecipada para esta segunda em todo o país — a data prevista anteriormente era quarta-feira (20).
Em entrevista à Rádio Gaúcha, Leite afirmou que o governo federal prevê vacinar até 1 milhão de pessoas por dia, em breve, mas sem precisar uma data para que a imunização chegue a este patamar.
— Existe uma aprovação por parte do Ministério da Saúde, em conjunto com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde, e a partir de agora, deve haver um calendário. É possível sim conseguir chegar a um grande volume de pessoas vacinadas no primeiro semestre — disse Leite.
No Rio Grande do Sul, a Secretaria da Saúde ainda planeja a logística de distribuição das primeiras doses, que devem chegar ainda hoje ao Estado. Todos os municípios devem obedecer à ordem dos grupos prioritários, segundo Leite.
— A prioridade de vacinação, além dos profissionais de saúde, é para indígenas e idosos abrigados em asilos e com mais de 75 anos. Também pretendemos antecipar a imunização dos profissionais de educação. Queremos o quanto antes voltar às aulas de forma presencial — afirmou.
Uma profissional de saúde do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, técnica de enfermagem, deve ser a primeira vacinada no Estado. Ela está sendo escolhida dentro do grupo que atua na linha de frente ao coronavírus e é uma "profissional exemplar".
Leite lembrou que essa aplicação será um símbolo. Contudo, afirmou que as demais doses serão direcionadas imediatamente às cidades.
— A importância é que um número maior de pessoas esteja imunizada, para que possamos diminuir o número de internações em UTI. Há uma expectativa de até setembro termos números mais elevados de imunização, e, em até dois meses, percebermos menor contaminação em grupos de risco, como idosos — disse.
O governador também falou sobre a situação de Manaus e de um eventual aumento de casos em solo gaúcho. Leite voltou a afirmar que o Estado está à disposição para ajudar o Amazonas.
— Encontrei o governador do Amazonas e falei a ele e ao Ministro da Saúde que o Rio Grande do Sul está à disposição para o que precisar. A resposta é que estão priorizando os hospitais federais daquela região. Até o momento não foi preciso enviar pacientes ao Rio Grande do Sul.
Leite afirmou ainda que a Secretaria da Saúde está cuidando para que não falte insumos necessários no Rio Grande do Sul, como ocorreu em Manaus. Segundo o governador, não há sinais de que isso pode vir a ocorrer.