O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Para cumprir a decisão judicial que anulou a votação realizada em 1º de janeiro, a Câmara Municipal de Porto Alegre fará uma nova eleição para presidente e para os demais cargos da Mesa Diretora nesta segunda-feira (8). Por determinação do desembargador Francesco Conti, do Tribunal de Justiça, pelo menos uma vaga na Mesa deverá ser ocupada por um vereador de oposição, bloco formado por PT, PSOL e PCdoB, que ficou de fora da primeira composição.
Como oficialmente a Câmara está sem presidente, a sessão será presidida pela vereadora Lourdes Sprenger (MDB), a mais experiente dos 36 parlamentares. Pelo acordo entre partidos que integram a base do governo e os independentes, Márcio Bins Ely (PDT), eleito com 26 votos na primeira votação, deve ser reconduzido ao comando da Casa.
Na terça-feira (9), devem ocorrer novas eleições para a presidência das seis comissões parlamentares. Pela decisão judicial, pelo menos uma das vagas de presidente e outra de vice-presidente devem ser ocupadas por oposicionistas.
Como o despacho que anulou a primeira eleição desagradou ao bloco que comanda a Câmara, não será surpresa se um dos cargos da Mesa ficar vago, o que seria a repetição do que ocorreu no início de 2017. Na ocasião, os partidos de oposição também conseguiram garantir um lugar na Mesa por decisão judicial, mas o candidato o grupo, Alex Fraga (PSOL) — hoje suplente — recebeu voto contrário da maioria dos vereadores e ficou de fora do colegiado. Mais tarde, a Justiça determinou que Fraga fosse empossado no cargo, mesmo sem ter sido eleito.
Também não estão descartadas a criação de um novo cargo na Mesa Diretora e de uma nova comissão permanente na Casa, para abrigar os vereadores do bloco majoritário que teriam de deixar os postos de comando para abrir vaga aos oposicionistas.
Médico “esquecido” será homenageado
Chefe do serviço de Infectologia do Hospital São Lucas da PUCRS, o médico infectologista Fabiano Ramos será homenageado pela Câmara de Vereadores da Capital. Natural de Ijuí, Ramos foi indicado para receber o título de cidadão de Porto Alegre pela vereadora Mônica Leal (PP).
Responsável pela pesquisa clínica da vacina CoronaVac no Hospital São Lucas, que reuniu mais de mil voluntários no Estado, Ramos não foi convidado para a cerimônia de início da vacinação no Rio Grande do Sul, em 18 de janeiro. A ausência foi sentida por amigos e colegas do médico, e a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, chegou a pedir desculpas pela descortesia.
No projeto que estipula a homenagem, Mônica exaltou o trabalho de Ramos: “Realiza um trabalho diuturno determinado, cuidadoso, interdisciplinar, dedicado que é fonte de inspiração para todos os profissionais que estão na linha de frente contra a covid-19 na Capital, liderando um estudo de enorme relevância”, escreveu a vereadora.
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