Onyx substitui Terra
Foram dias e dias de especulação sobre o futuro do ministro Onyx Lorenzoni, depois de o governo emitir sinais de que na Casa Civil ele não continuaria. Apesar dos desmentidos, a troca de cadeiras e confirmou na quinta-feira, com a transferência de Onyx para o Ministério da Cidadania, até então ocupado por Osmar Terra. Demitido, Terra reassume seu mandato na Câmara, deixando sem mandato o suplente Darcísio Perondi.
Apesar de perder poder, Onyx tratou a transferência como uma missão do presidente Jair Bolsonaro e renovou os votos de fidelidade.
Sem ressentimentos
Apesar do desejo de continuar no governo, Osmar Terra caiu elogiando o presidente Jair Bolsonaro e prometendo defender o governo na Câmara, onde ocupa o sexto mandato de deputado federal. Ao programa Gaúcha Atualidade, disse que foi demitido porque Bolsonaro precisava acomodar Onyx Lorenzoni, padrinho de sua indicação para o Ministério da Cidadania.
Contou que o presidente sugeriu uma embaixada, mas que ele recusou, e que cogitou dividir o ministério entre ele e Onyx, mas concluiu que não havia como criar outra pasta agora. Deixou em aberto a possibilidade de retorno quando o Banco Central ganhar independência e perder o status de ministério.
Governadores pressionam Guedes
Reunidos em Brasília no início da semana, os governadores cobraram do ministro da Economia, Paulo Guedes, a discussão da reforma tributária. A manifestação foi uma resposta ao desafio do presidente Jair Bolsonaro, para que zerassem o ICMS dos combustíveis.
Os governadores disseram que desejam a redução, mas não podem ser irresponsáveis abrindo mão de receita diante da crise fiscal que os Estados enfrentam.
Guedes tentou colocar panos quentes e disse que Bolsonaro foi mal interpretado e que sua intenção era apenas chamar a atenção para o impacto dos impostos nos combustíveis.
Em banho-maria
Em audiência com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, o governador Eduardo Leite pediu que o ministro segure o julgamento do recurso do governo do Estado contra a liminar que derrubou o congelamento do orçamento do Tribunal de Justiça, do Ministério Público, da Defensoria Pública e do Tribunal de Contas.
Leite justificou que, com a mudança de comando no TJ, há chance de retomada do diálogo e de se chegar a um acordo.
Viamão
Depois de um ano de investigação, o Ministério Público desencadeou operação que resultou no afastamento do prefeito de Viamão, André Nunes Pacheco, de cinco secretários e de um vereador, por 180 dias.
A suspensão foi autorizada pelo Tribunal de Justiça. A investigação encontrou indícios de irregularidades em contratos de prestação de serviços para a administração de Viamão. As fraudes, segundo os promotores de Justiça da Procuradoria de Prefeitos e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) chegam a R$ 10 milhões.
Dois empresários estão entre os investigados. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em 20 locais, entre eles, a sede da prefeitura de Viamão, na casa do prefeito em outros endereços de Viamão, Porto Alegre, Gravataí, Igrejinha, Novo Hamburgo e Florianópolis (onde fica a sede da empresa investigada).