Principal ligação entre Caxias do Sul e a Região Metropolitana, a RS-122 entrou no programa de concessões do governo de Eduardo Leite e deve ser duplicada pela iniciativa privada no trecho entre São Vendelino e Farroupilha.
Nesta sexta-feira (17), o governador assinou o contrato com o BNDES para estruturação da modelagem para concessão de 1.028 quilômetros de rodovias estaduais.
— Essa era uma obrigação moral nossa, para não deixar Caxias do Sul isolada de Porto Alegre. Um Estado que se propõe a ser pujante precisa ter o acesso duplicado à sua cidade mais produtiva — disse o secretário extraordinário de Parcerias, Bruno Vanuzzi.
No pacote estão 760 quilômetros hoje administrados pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), e outros 268 conservados pelo Daer, cravejando de pedágios o mapa do Rio Grande do Sul. A previsão é de que os leilões ocorram no primeiro trimestre de 2021.
O BNDES vai definir o modelo de concessão e o preço de referência do pedágio, mas é possível que as estradas sejam agrupadas em blocos, para que as de maior movimento subsidiem as menos lucrativas.
Vanuzzi pondera que ainda é preciso aguardar os estudos técnicos para saber quantos pedágios serão criados e quais serão os valores das tarifas:
— O planejamento terá de evitar rotas de fuga e capturar a maior quantidade possível de pagantes, mas não pode isolar comunidades.
Pela importância econômica da região, a duplicação da RS-122 deverá ser prevista para os primeiros anos do contrato. Hoje, Caxias tem ligação duplicada até Farroupilha. O trecho de pista simples, até São Vendelino, é também o mais perigoso. No final do ano passado, ficou fechado por 43 dias, em consequência de uma queda de barreira.
O trecho entre São Vendelino e Portão (RS-122 e RS-240) também será concedido.