Em reação à atitude da prefeitura do Rio de Janeiro, que mandou recolher livros com a temática LGBT+ na Bienal do Livro, e a outros recentes atos de censura, deputados federais e senadores lançarão nesta terça-feira (10), em Brasília, um manifesto em defesa da liberdade de expressão. A líder do movimento é a deputada gaúcha Fernanda Melchionna (PSOL).
O texto afirma que a investida para censurar o acesso a livros e a exposições de arte faz parte de uma tentativa de "tornar o Brasil refém de um pensamento político difuso, reacionário, ultrapassado". O documento será lançado junto a uma frente parlamentar mista, entre a Câmara e o Senado, que discutirá o acesso à leitura e à escrita no país.
— Queremos formar uma frente social e política contra a censura e coletar assinaturas (para o manifesto) não só de parlamentares, mas de toda a sociedade — diz Melchionna.
Ao lado da deputada, o senador Jean Paul Prates (PT-RN) presidirá a frente parlamentar.
Além do caso ocorrido no Rio de Janeiro, o manifesto cita o cancelamento de uma exposição de charges na Câmara de Vereadores de Porto Alegre e a retirada de livros didáticos que envolvem a temática de gênero das escolas de São Paulo.