A última votação polêmica do semestre na Assembleia terminou com mais uma vitória maiúscula do governador Eduardo Leite: o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias, prevendo o congelamento absoluto das despesas, foi aprovado com 37 votos favoráveis e 13 contrários. A partir da próxima semana, os parlamentares iniciam recesso que vai até o dia 31 de julho.
Com a ajuda dos articuladores políticos, o chefe da Casa Civil, Otomar Vivian, e o líder do governo, deputado Frederico Antunes (na foto com o deputado Luciano Zucco, do PSL), Leite empilhou vitórias e aprovou todos os projetos que encaminhou.
O primeiro grande teste da base ocorreu em maio, quando foi aprovada PEC que retirava da Constituição a exigência de plebiscito para privatizar estatais. Eram necessários 33 votos, mas o Piratini conseguiu 39. Depois, obteve o apoio de 40 dos 55 deputados para privatizar CEEE e CRM e de 39 para a Sulgás.
A partir de agosto, os desafios de Leite serão maiores. A Assembleia analisará propostas que mudam planos de carreira e extinguem vantagens pagas há anos a servidores. Se no primeiro semestre as galerias restaram vazias, nos próximos meses o governador enfrentará mobilização da massa do funcionalismo, especialmente de professores e policiais.