Por ter apoiado emenda do Podemos que prevê regras mais brandas para as carreiras policiais na PEC da reforma da Previdência, o PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, foi criticado no Twitter, onde #PSLtraidor está entre um dos assuntos mais comentados. Apoiadores de Bolsonaro e de deputados da legenda também utilizaram a hashtag nesta sexta-feira (12).
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou na madrugada, por 467 votos a 15, emenda do Podemos que reduz a idade mínima de aposentadoria para os policiais que servem à União. Policiais federais, policiais legislativos, policiais civis do Distrito Federal, policiais rodoviários federais e agentes penitenciários e socioeducativos federais, entre outros, poderão aposentar-se aos 53 anos (homens) e 52 anos (mulheres). A emenda contou com o apoio do PSL.
A líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), respondeu a um apoiador da reforma da Previdência no Twitter. Disse que era contra "qualquer privilégio e deixei isso bem claro" e que, como líder do governo, teve de fazer o que o "governo orienta". Joice explicou: "Fui a única a lutar contra isso até o fim. Consegui segurar na comissão na raça, mas o PODEMOS, apesar dos meus apelos, manteve esse destaque e o PSL se juntou a eles. Fizeram um acordo entre líderes. EU NÃO PARTICIPEI. Porém como líder Ñ posso romper acordos".
Outra hashtag que nesta tarde estava entre as mais comentadas era #ReformaMeiaBocaNao, também utilizada por apoiadores da PEC e contrários à desidratação.
Nesta sexta-feira, a Câmara retoma a análise dos destaques. O presidente da Casa, Rodrigo Maia, admite que a votação do segundo turno da PEC pode ficar para depois do recesso.