A queda em todos os indicadores de criminalidade divulgados nesta segunda-feira (12) pelo secretário da Segurança, Cezar Schirmer, tem explicações que remetem a setembro de 2016, quando ele assumiu a pasta mais espinhosa do governo, em meio à crise provocada pelo assassinato da representante comercial Cristine Fonseca Fagundes, em frente à escola em que o filho dela estudava.
O governador José Ivo Sartori deu a Schirmer uma condição que seu antecessor, Wantuir Jacini, não tinha: força política. Jacini ouvia resignado o “não” da Secretaria da Fazenda para suas demandas. O novo secretário ganhou respaldo para apresentar um plano de segurança, passou a integrar o núcleo duro do governo e arrancou verbas que até então iam para outras áreas.
A grande virada começou com a Operação Pulso Firme, que em julho de 2017 transferiu para presídios federais, de uma só vez, 27 líderes de facções criminosas. Nesse processo, Schirmer contou com o conhecimento do coronel Eduardo Biacchi (D), diretor do Departamento de Planejamento e responsável pela análise quantitativa e qualitativa dos dados estatísticos. Biacchi forma com o secretário adjunto, Everton Oltramari (C), uma dupla afinada com as ideias do chefe sobre o combate ao crime.