O jornalista Vitor Netto colabora com o colunista Rodrigo Lopes, titular deste espaço.
No processo de limpeza dos bairros afetados pela enchente em Porto Alegre, a prefeitura realiza uma operação de limpeza dos materiais estragados e danificados pela chuva. São móveis, geladeiras, fogões e outros itens que são chamados de "inertes", quando têm características de não se decomporem com o passar do tempo. Desde o início da limpeza, o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) já recolheu 37 mil toneladas dos materiais das ruas da Capital.
Todos os itens recolhidos são encaminhados para a Unidade de Valorização de Resíduos da Construção Civil São Judas Tadeu Ltda, de Gravataí, em um contrato de seis meses que poderá receber entre 77 e 180 mil toneladas de material, em um período de seis meses. A prefeitura irá pagar o valor de R$ 19,710 milhões no contrato emergencial.
— Fizemos uma pesquisa no Estado e até fora, em busca de um aterro para a destinação de tudo isso que teve contato com lodo e lama. Fizemos, então, um contrato emergencial com uma empresa com todas as certificações ambientais para nossa segurança e também pensando na economia — explicou o diretor-geral do DMLU, Carlos Alberto Hundertmarker.
Conforme o diretor, na região do 4º Distrito, uma das áreas mais afetadas da capital, muitas empresas perderam o seu maquinário, o que também está sendo recolhido na operação chamada por ele de "pós-guerra"
— A empresa tem toda uma preparação técnica, inclusive de reciclagem desses materiais. É um aterro distinto de Minas do Leão, que é onde vai o material orgânico — comentou.
A cidade foi dividida em 20 regiões afetadas. São mais de 4 mil profissionais, envolvendo funcionários do DMLU e cooperativados, trabalhando na limpeza. Houve também a contratação de maquinário pesado para auxiliar na operação.