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Primeiro país do Ocidente a iniciar a vacinação contra a covid-19, o Reino Unido enfrenta, neste momento, seu maior teste de força contra o coronavírus em um ano. Segundo o governo Boris Johnson, o país está vivendo "uma onda gigantesca" de infecções pela variante Ômicron, descoberta pela África do Sul e que fez no país sua primeira vítima fatal, confirmada nesta segunda-feira (13).
Antes mesmo do óbito, a administração britânica já vinha demonstrando preocupação com a transmissibilidade da Ômicron - os cientistas ainda avaliam esse dado no detalhe em relação a outras variantes, mas a realidade em países como o Reino Unido e sua capital, Londres, tem demonstrado que ela é bastante alta. A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) já informou que a cepa se propaga mais rapidamente e que as vacinas existentes no mercado são menos eficazes.
- Acho que a ideia de que essa é de alguma forma uma variante mais branda do vírus é algo que precisamos deixar de lado - disse Johnson.
O país relatou até agora 3.137 casos da nova variante.
O secretário da Saúde britânico, Sajig Javid, alertou que o número de casos com variante estão dobrando a cada dois ou três dias, "uma taxa fenomenal", conforme afirmou à rede Sky News.
O que o Reino Unido vem fazendo: primeiro, desde domingo, o governo estabeleceu uma nova meta de imunização. Pretende vacinar todos os adultos com a terceira dose até o final do mês, 30 dias antes do planejado. Hoje, o Reino Unido tem uma cobertura vacinal de 68,53% da população com as duas doses, segundo o monitor da Universidade de Oxford (One World in Data). Johnson já havia reduzido o intervalo entre a segunda dose e a de reforço de seis para três meses.
Nesta segunda-feira (13), também entrou em vigor novas diretrizes pedindo que as pessoas, se possível, trabalhem em casa. O uso de máscaras também voltou a ser obrigatório em locais fechados e no transporte público. Para grandes eventos são necessários apresentar certificado de imunização ou teste negativo de PCR.
Chama atenção que, desta vez, o governo Johnson tem agido de forma mais rápida contra a onda de infecções - normalmente, ele só aceitava mudar sua política de restrições depois que vizinhos do outro lado do Canal da Mancha iniciavam o movimento.