Desde que a vacina contra a covid-19 passou a ser aplicada, o indicador "fully vaccinated" (completamente imunizado) passou a ser o principal nos monitores internacionais, entre eles One World in Data, utilizado pela coluna para avaliar a performance dos países. Esse indicador revela o percentual da população que recebeu as duas doses de vacina ou a dose única da Janssen.
O Brasil, por exemplo, registra nesta quarta-feira (17) 59,81% da população "fully vaccinated". O país com maior percentual de "completamente imunizados" é os Emirados Árabes Unidos (88,4%), seguido de Portugal (87,56%).
Só que a partir da descoberta de que a eficácia da vacina diminui com o tempo e com o aumento das infecções devido à variante Delta alguns países da Europa estão revendo o que chamam de "completamente imunizados" - passando a classificar como tal apenas pessoas que já receberam doses de reforço.
Na França, a partir de 15 de dezembro, pessoas com mais de 65 anos precisarão da terceira dose para revalidar o passe de vacinação. Na Áustria, o status de vacinação completo expira após nove meses da segunda dose. Em Israel, a menos que se tenha recebido a segunda dose nos últimos seis meses, precisará de uma terceira aplicação para o passe verde, que permite acesso a academias, restaurantes e outros locais fechados.
A revisão do significado de "completamente imunizado" obrigará os analistas a observar as planilhas que indicam duas doses, mas também as doses de reforço ("booster doses" no monitor de Oxford). Nesta quarta-feira (17), o Brasil registra 5,52% da população com três doses aplicadas. Israel lidera com 43,37%. Depois, vem Chile e Uruguai.
A Europa, de forma geral, está no mesmo nível do Brasil. Exceções são Islândia (23,44%) e Reino Unido (19,28%).