Destruição, acidentes e tristeza não combinam com o Natal. Muito menos com uma cidade que é símbolo brasileiro da festa cristã, como é Gramado.
Nessa época do ano, as ruas da nossa querida e bela cidade serrana são ocupadas por risadas ainda mais intensas das crianças. É quando o brilho dos olhos da gurizada se torna ainda mais intenso, refletido pelas luzes de Gramado. É quando famílias inteiras caminham pelas calçadas com pacotes de presente nas mãos a caminho de uma que outra das tantas atrações da cidade. É quando milhares de turistas do Brasil e do mundo tornam suas avenidas um amálgama de sotaques e idiomas.
Até o verão em Gramado é diferente: parece que o tempo se encarrega de criar as condições meteorológicas para nos remeter ao microcosmos do imaginário simbólico mundial da festa: os países nórdicos. Na Gramado natalina, há neblina e frio em pleno dezembro no Hemisfério Sul.
Gramado é a capital do Natal brasileiro. Nenhuma outra cidade do país consegue reunir tantos símbolos de alegria, de sonho, que pululam o imaginário de todos nós, que fazem adultos voltarem a ser crianças.
Uma parte dessa cidade se transformou na manhã deste domingo (22) em destroços, medo, cheiro de querosene e explosão. É tristeza demais no apagar das luzes de um ano em que o Rio Grande do Sul já vivera seu pior desastre natural.
A coluna se une em solidariedade às vítimas dessa tragédia aérea.