A decisão anunciada pela Anvisa, nesta quinta-feira (16), autorizando o uso da vacina da Pfizer em crianças com mais de cinco anos, coloca o Brasil no hall de países que já imunizam esse público.
Nesta semana, Alemanha, Grécia e Hungria iniciaram a vacinação de crianças. Antes, Dinamarca, Espanha e regiões da Áustria já haviam começado. Itália, Portugal, República Tcheca, Chipre e Polônia devem dar a largada nos próximos dias.
A União Europeia (UE) acelerou o processo depois da identificação da variante Ômicron pela África do Sul e à medida que essa nova cepa vem se espalhando pelo Velho Continente. O imunizante utilizado é o da Pfizer, o mesmo autorizado pela Anvisa no Brasil para esse público.
O Reino Unido tem sido mais cauteloso do que os vizinhos em relação à vacinação das populações mais jovens, recomendando imunização apenas para jovens de 12 a 15 anos.
Estados Unidos passaram a imunizar crianças entre cinco e 11 anos no início de novembro. O país também utiliza a vacina da Pfizer para os menores.
O primeiro país a aplicar doses contra a covid-19 em crianças pequenas foi a China, em junho. O país aprovou o uso emergencial da vacina da fabricante Sinovac (parceira do Instituto Butantan no Brasil na produção da Coronavac), para pessoas entre três e 17 anos.
O Chile passou a imunizar crianças acima de seis anos em setembro. É utilizada para uso emergencial a CoronaVac. Equador, que começou a vacinar crianças em outubro, e Indonésia, em novembro, também utilizam esse produto para esse público.
Países do Golfo Pérsico, com alto percentual de imunização, como Emirados Árabes Unidos e Bahrein, vacinam crianças de cinco a 11 anos. Utilizam Pfizer de modo geral. Emirados Árabes Unidos ainda aprovaram para esse público aplicação do imunizante da Sinopharm.
Cuba tem utilizado desde novembro seu próprio imunizante (Soberana 02) em crianças a partir de dois anos. É a única nação do mundo que vacina crianças tão pequenas.
Na América Latina, também El Salvador imuniza crianças, a partir de seis anos, desde setembro.