Entre perdas e ganhos, o sonho de uma Europa integrada, maior laboratório de uma paz duradoura depois dos horrores da II Guerra, sobreviveu ao 26 de maio de 2019. Isso não significa dizer que a União Europeia (UE) não tenha saído chamuscada da eleição para o parlamento. Também pudera, o bloco político e econômico idealizado pelos pais fundadores da Comunidade do Carvão e do Aço, embrião da UE, enfrentou nos últimos cinco anos da atual legislatura provações que, no inconsciente coletivo, foram colocadas na balança entre quinta-feira e domingo: os efeitos da crise econômica do final da primeira década do século 21 ainda se fazem presentes; o Brexit é um trauma sem precedentes; a onda de refugiados expôs o melhor e o pior da Europa; e atentados terroristas ensanguentaram algumas das principais cidades, como Paris, Nice, Barcelona, Londres e Berlim.
Geopolítica
Entre perdas e ganhos, o sonho europeu vive
O crescimento dos verdes e dos liberais confirma que os cidadãos buscam forças alternativas aos políticos tradicionais
Rodrigo Lopes
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