SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Cerca de 200 milhões de pessoas terminam de escolher neste domingo (26) seus representantes no Parlamento Europeu, que tem 751 cadeiras espalhadas entre 28 países-membro. Trata-se do segundo maior pleito do mundo (só perdendo para o da Índia).
A expectativa é que legendas nacionalistas e de extrema direita ganhem destaque no processo, que sentem o peso da crise de imigração, do brexit e da turbulência econômica na Europa.
É o que aconteceu na França, onde o partido ultradireitista de Marine Le Pen, líder da Associação Nacional (AN), levou 24 cadeiras no Parlamento Europeu, segundo uma pesquisa.
Trata-se de uma reviravolta para as pretensões do presidente francês Emmanuel Macron, cujo partido recebeu 23 assentos, segundo a previsão.
Em maio, simpatizantes de partidos nacionalistas e anti-imigrantes, liderados pelo político italiano Matteo Salvini, a francesa Marine Le Pen e o holandês Geer Wilder, reuniram-se em Milão, na Itália, para fortalecer seus laços com as eleições do Parlamento Europeu.
A intenção era construir uma aliança de direita que pode aumentar seu protagonismo político no Parlamento Europeu.
Além disso, a participação das eleições do Parlamento Europeu registrou neste domingo (26) sua maior taxa em 20 anos, chegando a 51%, segundo porta-voz da organização, Jaume Duch, sem incluir nesta conta o Reino Unido.
Caso se leve em conta o Reino Unido, que ainda não contabilizou seu resultado, a participação poderia se situar entre 40% e 52%, segundo o porta-voz.
As eleições de 2014 registraram o pior índice de participação, com 42,6%. Desde os primeiros comícios em 1979, quando votaram 62%, o fluxo de eleitores vem caindo progressivamente.
A maioria dos países já encerrou seus colégios eleitorais, mas os resultados detalhados só serão conhecidos depois do fechamento das urnas na Itália.