Desde que Viktor Orbán assumiu o poder na Hungria, em 2010, as liberdades políticas e de expressão foram reduzidas, o Judiciário foi perdendo, aos poucos, a independência, e a nação se fechou aos imigrantes que batem às portas da União Europeia. Mas foi só quando o governo tocou no bolso dos húngaros, no final de 2018, que parte da população decidiu se embrenhar na neve de Budapeste, sob temperaturas abaixo de 0ºC do inverno europeu, para protagonizar as maiores manifestações no país desde o fim do comunismo.
Por que Orbán, inspiração de Bolsonaro, balança na Hungria
Os protestos que começam a balançar a estrutura de poder ainda não podem ser considerados uma primavera contra regimes que ora vestem a máscara autoritária na Europa, mas, no mínimo, já produzem um efeito colateral visível: o retorno dos partidos tradicionais à cena política
Rodrigo Lopes
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