Viktor Orban iniciou nesta terça-feira um novo mandato à frente de uma Hungria mais dividida do que nunca, entre os simpatizantes de sua guerra contra a imigração e os milhares de eleitores que, acusando-o de movimentos antidemocráticos, têm se manifestando desde as eleições legislativas, sem acreditar em uma oposição de migalhas.
O Parlamento da capital húngara abriu às 10H00 do horário local (08H00 GMT, 05H00 horário de Brasília) a primeira sessão do novo mandato: o dirigente soberanista de 54 anos foi reeleito primeiro-ministro pelos deputados de seu partido conservador, o Fidesz, enquanto que no exterior do recinto seus rivais se reuniram para protestar.
Centenas de manifestantes se reuniram pela manhã, sob alta vigilância policial, em frente ao edifício gritando "traidor" e "Orban, saia daí!". A manifestação mais importante está prevista para o final da tarde, a partir das 18H00 do horário local (16H00 GMT, 13H00 horário de Brasília).
Desde as legislativas de 8 de abril, que asseguraram a Orban uma vitória ainda mais ampla do que o esperado, milhares de húngaros se uniram a um movimento de protesto lançado nas redes sociais sob o lema de "Somos maioria".
* AFP