Tímido, discreto, mas com um sorriso de orelha a orelha. Caíque sabe que aproveitou bem as oportunidades que teve como goleiro do Tricolor e conquistou o coração dos gremistas. Neste sábado (15), ele poderá ser titular na primeira partida da semifinal do Gauchão, contra o Caxias, no Centenário.
Em um bate-papo exclusivo com GZH, Caíque contou como está a sua vida após sua chegada ao clube, disputa pela titularidade com os outros goleiros, projetou o ano do Grêmio e muito mais. Confira!
Como está a sua vida depois de virar goleiro do Grêmio?
Minha chegada ao Grêmio mudou muito na parte profissional, pela minha história, pela minha carreira, as pessoas hoje me enxergam totalmente diferente. Tive uma história lá atrás que não me alegro muito em falar, mas que me fez pensar um pouco (No Vitória, da Bahia, Caíque teve episódios de conflito com torcedores, que o fizeram perder espaço no time). A carreira do atleta de futebol é muito curta e a gente tem que estar sempre trabalhando, se dedicando e o extracampo também é fundamental. O Grêmio me ajudou bastante na minha chegada pra essa mudança fora do campo.
Mas antes de chegar ao Grêmio você pegou um pênalti do Suárez...
Esse momento foi (incrível) na minha vida, sabe? Pegar pênalti do Suárez! Até brinquei com um companheiro do Ypiranga. Eu falei: "Ó, se tiver um pênalti contra o Suárez, eu acho que vou cair no mesmo canto do pênalti anterior." Ele falou assim: "Será?", eu falei: "Ah, pelo perfil dele, historia dele, ele não vai mudar essa batida. E foi engraçado quando deu o pênalti, o cara olhou pra mim e deu risada dentro do campo, aí eu mantive a minha tranquilidade e falei: "Vou cair no mesmo canto que ele perdeu o último". Graças a Deus deu certo. Peguei! Acho que depois disso foi quando começou a repercutir novamente meu nome e minha história aqui no futebol brasileiro.
E a chegada ao Grêmio foi bastante inusitada, né? Tudo começou com uma mensagem pro Antonio Brum no Instagram...
Se dependesse de mim, eu nunca mandaria. Estava na igreja com a minha esposa e Deus tocou meu coração. Pediu para ser ousado, o Antonio veio na minha cabeça porque no jogo que a gente teve na semifinal eu conversei com ele, falou que me conhecia há um tempo. Acabei mandando uma mensagem. Mas jamais achava que ele ia responder. Respondeu no mesmo dia, até fiquei surpreso com a humildade, pela pessoa que ele é. Acabou que eu deixei meu contato pra ele. Graças a Deus deu tudo certo e hoje eu estou aqui vestindo a camisa do Grêmio.
Eu tenho certeza que a gente vai se dedicar ao máximo para buscar este título do Gauchão
CAÍQUE
Goleiro do Grêmio
Como você viu a chegada do Marchesín ao clube?
O Marchesín chegou para ajudar, né? É um cara experiente, que já viveu muito o futebol. A gente conversa bastante com ele, troca experiência. Eu pego mais dele do que ele de mim (risos) porque sou mais novo. E ele vem sempre ajudando da melhor forma possível, a gente fala sempre que está aqui para ajudar o outro. Quem entrar na meta do Grêmio, tem que auxiliar todo mundo. Independentemente de quem vai jogar, está todo mundo junto, unido. A gente torce um pelo outro porque vai ajudar o Grêmio da melhor forma possível.
Está preparado pra ser titular contra o Caxias?
Eu estou trabalhando, né? Todos nós estamos trabalhando. Eu, Marchesín, Grando e Tiago. O Renato confia em todos nós, sabe? Então quem ele botar em campo, tenho certeza que vai responder da melhor forma possível, todos querem o bem do Grêmio.
O Grêmio vai para final?
A gente sempre entra nas competições buscando o título, porque o Grêmio é isso. Entra para ganhar, para ficar no topo da tabela. Eu tenho certeza que a gente vai se dedicar ao máximo para buscar este título do Gauchão.
Como foi para um baiano morar no Interior do Rio Grande do Sul?
É... (risos) eu sou baiano. Gosto de calor, da praia... Aí você vem pro sul, é um frio! Mas está sendo uma experiência muito boa, sabe? Na verdade, eu só gosto de frio para dormir porque para treinar chovendo é muito complicado (risos). Mas a gente não escolhe tempo, né? A gente tá ali pra trabalhar todos os dias e pensar no melhor Grêmio. Mas eu tomo um chimarrãozinho e um churrasquinho em casa também.