Guerrero foi recebido numa tarde de sol por milhares de torcedores colorados. No outro dia veio a punição de um ano pela FIFA, por uso de doping. Escrevo, então, que os colorados tinha passado por um "mico histórico". Achavam que ele jogaria no domingo e teve que ficar um ano escondido.
Quando voltou e marcou alguns gols, milhares de colorados pegaram a manchete e afirmaram que eu teria dito que o mico seria contratá-lo. Nunca fiz isso por respeito aos atletas, principalmente, a um atleta tão importante como ele. Mas, enfim, brilhei, equivocadamente, na internet durante bom tempo.
Claro que não faltou quem me chamasse de burro, de não conhecer futebol, de tudo. Pois, passados dois ano e meio, estou quase concluindo que o mico pode ter sido a contratação desse jogador. Nunca fez gols nos muitos Gre-Nais que jogou. Não fez gols contra o Athletico Paranaense nas finais da Copa do Brasil — um título que o Inter queria muito. Foi engolido pelo jovem zagueiro Bambu.
Fez alguns gols em meio de temporada. Em Gauchão, contra adversários mais fracos, mas nunca foi um jogador decisivo. Teve azar na sua lesão e, depois, quis sair na marra do Inter, como já fizera no Corinthians e no Flamengo. É da sua história.
Considerando que o Inter pagou R$ 15 milhões de luvas — e que ele custa quase um milhão por mês — foi um péssimo negócio. Ainda tem um tempo de contrato, com pouco mais de 20 jogos, para mostrar mais do que o pouco que vimos até agora. Se não conseguir, a contratação terá sido mesmo um "mico histórico", de um jogador muito caro e entregando muito pouco.