Os dirigentes colorados imaginaram que o grande lance do ano era a contratação de Paolo Guerrero. A torcida aproveitou o embalo do Brasileirão e se entusiasmou. A Avenida Sertório, na saída lateral do aeroporto, recebeu um grande número de torcedores. Mas foi no Beira-Rio, com 5 mil e 500 colorados emocionados que se deu a maravilhosa festa. Milhares de camisetas com o nome e o número do centroavante nas costas foram vendidas.
Ele era a cereja do bolo. É verdade que o bolo continua saboroso. A equipe de Odair Hellmann chegou a cinco vitórias consecutivas, das quais três foram fora de casa. O time ocupa a vice-liderança, apenas um ponto atrás do líder São Paulo. A cereja, no entanto, caiu do galho e se espatifou.
O peruano teve sua liminar cassada pela justiça comum da Suíça e não poderá jogar futebol nos próximos oito meses. O sonho acabou representando um grande mico. Lembra, de alguma forma, as caixas de som que Paulo Odone colocou no Estádio Olímpico para receber Ronaldinho Gaúcho, que nunca retornou ao clube.
Os rivais não esquecem estes micos que viram flautas eternas. Claro que os gremistas estão se deitando com toda essa história. Um pouco porque temiam ver um grande jogador agregando qualidade ao time, e outro pouco porque o sonho se desfez. Ou seja, os colorados pagaram um mico que fica para a história.