Não temos notícias definitivas sobre as condições físicas do jogador Thiago Santos, que saiu do jogo do Grêmio contra o Lanús com dores musculares. Como o Gre-Nal é neste domingo (16), a experiência me diz que ele não deverá jogar e, possivelmente, não possa jogar também o segundo clássico.
Não é fora de propósito esta afirmação, porque músculo se cura com o tempo e com o repouso do jogador atingido. Só saberemos isto uma hora antes do jogo, mas eu acho que podemos antecipar: Thiago Santos não joga o primeiro e é dúvida para o segundo Gre-Nal.
Esta é a análise física. Agora, vamos à análise técnica. Quando defendi sua contratação, sabia que não se tratava de uma sumidade técnica, mas um jogador que tem qualidades inerentes à função. Ele protege zagueiros, dá cobertura para laterais, consegue avançar e empurrar o time para cima. Tem força, faz faltas, o que é um recurso do jogo, por vezes exageradas, mas cumpre a função de proteção do time.
O Grêmio vivia um descalabro defensivo, sem nenhuma capacidade de marcação. Ainda persiste a dificuldade defensiva de bola aérea — tomou um gol de cabeça do Lanús. Para enfrentar um time forte como o Inter, ele seria fundamental.
Sem Thiago, ou entra Lucas Silva, que é muito menos, ou Maicon, que não tem saúde para suportar um jogo com este grau de dificuldade. O Grêmio voltará a ter o meio-campo que fraqueja na marcação, como era antes da chegada de Thiago Santos.
E o que pode ser ainda pior: se confirmada a lesão muscular, ele não joga domingo e pode ficar fora do próximo e decisivo clássico. Vai mudar muito o time do Grêmio, e o deixará muito mais vulnerável defensivamente.