A posição de volante é a mais carente no time do Grêmio. Quem teve China, quem teve Dinho, quem teve Jailson, só para lembrar alguns, sabe da importância que tem esta função. Brinco com o Mauricio Saraiva, no Sala de Redação, que se o volante souber jogar é ótimo, mas se for ruim, serve também.
Não ter a função do protetor da zaga é suicídio. O leitor vai lembrar do primeiro gol o Palmeiras, em São Paulo, na final da Copa do Brasil. Raphael Veiga andou 60 metros com a bola e serviu o atacante Wesley, que fez o gol. Neste imenso trajeto não apareceu ninguém do Grêmio para interceptar o jogador do Palmeias.
Dar proteção a zaga e ter robustez defensiva são fundamentais para um time de futebol. O Grêmio precisa de um volante mais do que tudo. Talvez encontre na base o restante de suas carências, mas volante é questão fundamental.
Ferreira é um dos atrasos do treinador Renato Portaluppi. Sim, Pepê ocupava a posição pela ponta esquerda, mas bem que ele poderia entrar pelo lado direito. Alisson foi escalado sempre na frente de Ferreirinha pela fragilidade do sistema de marcação do Grêmio.
Mateus Henrique pode ser considerado um bom marcador, mas Maicon não consegue mais exercer esta função e Jean Pyerre, que jogou a maioria das partidas, parecia um sonâmbulo em campo.
Aí estrava a importância de Alisson, um jogador sem grande virtudes técnicas, mas capaz de fazer tudo o que o treinador pede. Ele seria uma espécie de equilíbrio para o time do Grêmio. Isto acabou atrasando Ferreirinha, mas toda vez que ele entra em campo traz consequências muito importantes. Ou ele marca gol, ou ele faz a jogada que, logo ali, resulta em gol do Grêmio