Luan foi eleito o Rei da América em 2017. Por seus pés, passaram lances importantes que levaram o Grêmio a ser tricampeão da Libertadores. Jogou demais, sobrou em campo, foi um dos destaques de um time que tinha, entre outros, Arthur.
No ano passado, isso não se repetiu. Por razões disciplinares, todas elas guardadas a sete chaves pela direção gremista para não desvalorizar ou colocar o atleta contra a torcida, Luan foi menos.
Por isso, a direção achou que ele poderia ser negociado. Luan ganha R$ 700 mil por mês, uma fortuna para o padrão do futebol brasileiro, e precisa corresponder o investimento do clube.
O Cruzeiro aceitou receber Luan, dando em troca Thiago Neves, Raniel e o jovem zagueiro Murilo. O negócio só não saiu porque o gremista não quis. Ele só aceita sair se for para o Exterior.
O Grêmio seguiu tentando Thiago Neves. Quando o negócio estava por se concretizar, apareceu o Flamengo aliciando Arrascaeta. Os mineiros, com medo de perder dois meio-campistas, renovaram com o primeiro.
Sendo assim, o Grêmio fica, cada vez mais, dependente de seu camisa 7. Aí entra o acordo verbal feito por Romildo Bolzan. O jogador prometeu voltar a ser o mesmo de 2017, o craque que fazia diferença, que foi o melhor da América do Sul e que foi decisivo na Libertadores. A direção exige comportamento profissional. Bola ele tem, de sobra.