O Grêmio enfrentará um grande adversário. Contabilizar 32 jogos de invencibilidade serve para demonstrar o que os argentinos são capazes. Mas existem detalhes que explicam ainda mais a capacidade do time e a dificuldade que a equipe de Renato Portaluppi terá de encontrar. Marcelo Gallardo é treinador desde 2014. Neste período, conquistou nove títulos, entre Copa Sul Americana, duas Recopas, uma Libertadores e títulos regionais.
Atualmente, são 21 vitórias e 11 empates. Scocco é o goleador, com 11 gols, enquanto Pratto marcou oito, em um time que faz 1,8 gol por partida. São 226 dias sem perder. A última derrota foi 24 de fevereiro, quando perdeu para o Velez por 1 a 0. É o único time invicto na Libertadores que chega à semifinal.
Acaba de eliminar, com alguma facilidade, os dois grandes de Avellaneda, Racing e Independiente. Gallardo em tudo lembra Renato Portaluppi, ou, ainda dá para dizer, que Gallardo está para o River como Renato está para o Grêmio. Está colocado um grande desafio para o Grêmio. Como campeão da América, é um time temido pelos argentinos, que já viram o Grêmio ser campeão contra o Lanús e que este ano já eliminou Estudiantes e Tucumán. Serão dois grandes jogos, afirmam os argentinos. Quem ousa discordar?
Para o jogo do dia 23, no Monumental de Núñez, o Grêmio tem três dúvidas importantes, de jogadores que são fundamentais para o exercício das boas atuações do time do Renato. Marcelo Grohe tem lesão muscular grau 1 e é possível que se recupere até lá. Ramiro tem lesão no joelho e preocupa. Já está parado faz oito dias e os médicos o observam diariamente, com esperanças de recuperação e tratamento intensivo.
A situação mais crítica é de Everton. Foi cortado da Seleção Brasileira e sua lesão muscular tem grau 2. Eu diria que ele só atuará no segundo jogo. Com estes problemas, fica mais claro ainda que a primeira partida será de muita dificuldade. Mas é o Grêmio, o campeão da América.