Em resposta ao texto publicado na terça-feira (23), no qual critiquei o vaivém de regras das últimas duas semanas, em Porto Alegre, o prefeito Marchezan enviou uma nota à coluna.
"Diante de dados da semana passada, (a prefeitura) entendeu que era possível aplicar restrições mais brandas em algumas atividades econômicas", escreveu Marchezan sobre o decreto editado no domingo (21), dois dias antes de endurecer mais as medidas.
Segundo o prefeito, "parte da sociedade e dos empresários não entendeu que a liberação só poderia continuar se cada um fizesse a sua parte, evitando aglomerações e adotando as medidas de higiene".
Diante da grande circulação de pessoas na rua – e do consequente aumento na velocidade da ocupação dos leitos de UTI –, foi necessário apertar as restrições, conforme Marchezan.
Leia a íntegra da nota do prefeito:
"A prefeitura analisa diariamente a situação epidemiológica da rede de saúde e, diante de dados da semana passada, entendeu que era possível aplicar restrições mais brandas em algumas atividades econômicas.
Infelizmente, parte da sociedade e dos empresários não entendeu que a liberação só poderia continuar se cada um fizesse a sua parte, evitando aglomerações e adotando as medidas de higiene. Nos últimos dias, o que se viu nas ruas foi uma grande circulação de pessoas desconsiderando que enfrentamos uma pandemia.
O relaxamento resultou no aumento da velocidade de ocupação dos leitos de UTI por pacientes confirmados com COVID19, que mais que dobrou em 20 dias, passando de 46 em 5 de junho para 111 nesta terça-feira. Diante desse cenário preocupante, a prefeitura decidiu retornar a restrições semelhantes às aplicadas em março."